Política

A influência da extrema direita entre mulheres cresce nas redes sociais e na política

O voto feminino historicamente rejeita a extrema direita, como em Trump e Alemanha. Influenciadoras digitais estão atraindo mulheres para ideais conservadores. O movimento "tradwives" promove o papel tradicional da mulher como dona de casa. Pesquisas indicam que mulheres jovens se afastam da esquerda, buscando o centro. A extrema direita pode estar mirando mulheres como novo alvo eleitoral nas redes.

Uma jovem reza o rosário frente a uma clínica de aborto em Columbia, Carolina do Sul, em maio de 2022. (Foto: David Goldman/AP)

Uma jovem reza o rosário frente a uma clínica de aborto em Columbia, Carolina do Sul, em maio de 2022. (Foto: David Goldman/AP)

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O apoio feminino a Donald Trump nas eleições americanas de 2020 foi notável, apesar de ele ter perdido o voto feminino por oito pontos percentuais. Entre as mulheres com menos de 30 anos, a diferença foi ainda mais acentuada, com uma derrota de 23 pontos. Essa tendência se reflete em outros países, como na Alemanha, onde partidos de esquerda superaram as votações entre mulheres, enquanto os de direita ficaram abaixo. Contudo, quatro em cada dez mulheres nos EUA apoiaram Trump, e quase 20% das eleitoras alemãs votaram no partido AfD.

Nas redes sociais, um movimento conservador feminino está crescendo, com figuras como Megyn Kelly, Riley Gaines e Brett Cooper ganhando destaque. Elas utilizam plataformas como X e Instagram para promover ideologias conservadoras, abordando temas como a participação de pessoas trans em esportes e criticando o feminismo de esquerda. Além disso, a tendência das tradwives, mulheres que valorizam o papel de donas de casa, tem se espalhado, gerando debates sobre feminismo e liberdade de escolha.

A jornalista Lois Shearing, em seu livro "Pink-Pilled: Women and the Far Right", analisa como a extrema direita tem se infiltrado em espaços digitais voltados para mulheres. Ela aponta que essa influência se dá por meio de temas como religião, preservação cultural e a busca por validação masculina. Shearing alerta que conteúdos aparentemente inofensivos podem levar a postagens extremistas, como transfobia e antivacinas, devido aos algoritmos das redes sociais.

A análise de Louise Perry sobre as eleições na Alemanha sugere que o apoio feminino a partidos de esquerda pode ser temporário, refletindo interesses momentâneos. A estratégia de microtargeting utilizada por Trump, que incluiu a participação em pódcasts populares entre homens, foi crucial para conquistar o voto masculino jovem. Com indícios de que as mulheres podem ser o próximo alvo da extrema direita, a evolução dessa estratégia merece atenção.

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