União Brasil e PP enfrentam desafios regionais para consolidar federação em 2026

A federação entre o União Brasil e o Partido Progressista (PP) enfrenta desafios significativos em pelo menos quatro estados, onde disputas internas e falta de consenso dificultam a união. Na Paraíba, Acre e Pernambuco, as eleições para o governo em 2026 complicam ainda mais a situação. Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União) busca garantias sobre sua pré-candidatura à Presidência, o que gera tensões na articulação.

Os presidentes dos partidos, Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União), afirmam que a federação está quase confirmada e pode ser anunciada em breve. No entanto, líderes do União Brasil alertam que uma união forçada, sem acordos regionais, pode resultar em uma debandada de membros. Em Pernambuco, por exemplo, o deputado federal Mendonça Filho (União) e o deputado Eduardo da Fonte (PP) disputam o controle do diretório estadual, o que gera divisões sobre o apoio a candidatos nas próximas eleições.

No Acre, o senador Alan Rick (União) e o governador Gladson Cameli (PP) também estão em desacordo sobre a candidatura ao governo. Rick, que lidera pesquisas, defende sua candidatura, enquanto Cameli apoia sua vice. Em Goiás, Caiado exige que sua pré-candidatura à Presidência seja respeitada, ressaltando que a decisão sobre a federação deve ser tomada em convenção nacional.

A superfederação entre União Brasil e PP poderia formar a maior bancada da Câmara, com cento e seis deputados, superando o PL e o PT. Essa união também garantiria uma fatia significativa dos fundos partidários e do tempo de propaganda eleitoral. No entanto, a federação ainda enfrenta desafios, como a resistência de partidos menores e disputas internas que podem comprometer sua efetividade.