08 de mai 2025
Tidjane Thiam enfrenta impasse judicial que pode barrar sua candidatura à presidência da Costa do Marfim
Candidatura de Tidjane Thiam à presidência da Costa do Marfim é barrada por perda de cidadania, favorecendo o atual presidente Ouattara.
Presidente Ouattara parabeniza o francês-ivoriano Sébastien Haller após ele marcar o gol que garantiu o título da Copa Africana de Nações para a Costa do Marfim no ano passado (Foto: Reuters)
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Tidjane Thiam, ex-executivo de grandes empresas, teve sua candidatura à presidência da Costa do Marfim barrada por uma decisão judicial. O tribunal declarou que ele perdeu sua cidadania marfinense ao adquirir a nacionalidade francesa, o que o impede de concorrer nas eleições de outubro.
Thiam, que retornou à Costa do Marfim após mais de duas décadas no exterior, foi escolhido como candidato do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) em abril. A decisão judicial, proferida em 22 de abril, alegou que Thiam não revogou sua nacionalidade francesa a tempo de se qualificar para a votação. A situação pode favorecer o atual presidente, Alassane Ouattara, que busca um quarto mandato.
A perda da cidadania de Thiam é um reflexo das complexidades políticas da Costa do Marfim. Ele é um membro de uma família tradicional e um ex-ministro respeitado, mas sua trajetória internacional não o preparou para os desafios políticos locais. A decisão judicial não permite apelação, e Thiam pode ser excluído não apenas da corrida presidencial, mas também da liderança do PDCI.
A exclusão de Thiam se junta a outras barreiras enfrentadas por figuras da oposição, como Laurent Gbagbo e Guillaume Soro, que também foram impedidos de concorrer. Isso levanta preocupações sobre a falta de concorrência significativa nas eleições, o que pode aumentar a desilusão popular com a política marfinense.
A situação ocorre em um contexto mais amplo de descontentamento na África Ocidental, onde a juventude busca alternativas às estruturas políticas tradicionais. A Costa do Marfim, um importante motor econômico da região, poderia ter sido um exemplo positivo de democracia, mas agora enfrenta desafios que relembram os conflitos do passado.
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