Eduardo Leite se filia ao PSD e PSDB enfrenta crise com perda de governadores

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializou sua filiação ao PSD nesta sexta-feira, 9 de maio, em São Paulo. O ato contou com a presença de lideranças do partido, que o anunciou como pré-candidato à Presidência da República em 2026. A mudança ocorre em um momento crítico para o PSDB, que discute uma fusão com o Podemos e enfrenta um esvaziamento político.

A filiação de Leite ao PSD intensifica a disputa interna pela candidatura presidencial, especialmente com a presença do governador do Paraná, Ratinho Júnior, que também é cogitado para a corrida ao Planalto. O deputado federal Aécio Neves lamentou a saída de Leite, afirmando que a nova legenda não possui a mesma coerência que o PSDB, que sempre buscou se distanciar de extremos políticos.

Com a saída de Leite, o PSDB se junta ao Novo e ao Solidariedade no grupo de partidos com apenas um governador. A situação pode se agravar, já que o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, também está em negociações para deixar a sigla. Aécio Neves destacou que a decisão de Leite o afasta do cenário nacional, sugerindo que sua nova trajetória pode levá-lo a uma candidatura ao Senado.

A filiação ao PSD representa uma estratégia para Leite, que se junta a uma das maiores bancadas do Senado, facilitando sua articulação política. O partido agora conta com quatro governadores, enquanto o PSDB enfrenta dificuldades para manter sua relevância no cenário político nacional. A expectativa é que a fusão com o Podemos possa reestruturar a força do PSDB, que busca se reposicionar como uma alternativa de centro.