Polônia se prepara para eleição presidencial decisiva entre Trzaskowski e Nawrocki

Polônia realiza eleições presidenciais com impacto na agenda de Tusk

As eleições presidenciais na Polônia estão em andamento, com Rafał Trzaskowski, atual prefeito de Varsóvia e aliado do primeiro-ministro Donald Tusk, liderando as pesquisas. O primeiro turno ocorre neste domingo, e caso nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos, um segundo turno será realizado em duas semanas. Karol Nawrocki, historiador e candidato do partido Law and Justice (PiS), é seu principal adversário.

A presidência polonesa, embora tradicionalmente cerimonial, possui o poder de veto sobre projetos de lei, o que tem sido um obstáculo significativo para Tusk. O atual presidente, Andrzej Duda, não pode concorrer novamente após dois mandatos. A vitória de Trzaskowski poderia liberar Tusk de restrições impostas por Duda, permitindo que ele avance em sua agenda, que inclui reformas judiciais e sociais.

A polarização política na Polônia é intensa, com Tusk enfrentando resistência do PiS, que governou por oito anos antes de sua saída em 2023. O partido é conhecido por suas políticas conservadoras e por ter minado a independência judicial e a liberdade de imprensa. A eleição é vista como um teste crucial para a democracia liberal no país, que se recupera de um período de autoritarismo.

Trzaskowski, que perdeu a eleição anterior para Duda por uma margem estreita, é considerado um candidato proeuropeu e socialmente liberal. Ele promete relaxar as restrições ao aborto e permitir parcerias civis entre casais do mesmo sexo, embora enfrente oposição dentro da coalizão governamental de Tusk. Nawrocki, por outro lado, é um defensor das políticas de Donald Trump e busca manter a linha conservadora do PiS.

A votação deste domingo não apenas determinará o futuro político imediato da Polônia, mas também poderá moldar a dinâmica política até as próximas eleições parlamentares em 2027. A expectativa é que a disputa entre Trzaskowski e Nawrocki se intensifique, refletindo a insatisfação de muitos eleitores com o domínio de dois partidos que têm governado o país nas últimas duas décadas.