19 de mai 2025
Centro-direita é reeleita em Portugal, enquanto esquerda enfrenta derrota histórica
Partido Socialista enfrenta a pior derrota desde a década de 1980.
Foto: Reprodução
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Com mais de 99% das urnas apuradas, a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, foi reeleita nas eleições legislativas de Portugal, realizadas no domingo, 18 de maio de 2025. A AD obteve 32,7% dos votos, enquanto o Partido Socialista (PS) e o partido de extrema-direita Chega empataram na segunda colocação, com cerca de 23% cada.
A vitória da AD já era prevista por pesquisas de boca de urna, que indicavam uma disputa acirrada entre o PS e o Chega pelo segundo maior número de assentos no parlamento. Montenegro, que havia assumido o cargo em 2024 após vencer as eleições daquele ano, retorna ao poder após uma breve queda em março. Em seu discurso, ele enfatizou a importância de valorizar o trabalho e os rendimentos dos portugueses, além de prometer um aperto nas regras de imigração.
Resultados e Consequências
A nova composição do parlamento será a seguinte: AD com 89 assentos, PS e Chega com 58 cada, Iniciativa Liberal com 9, Livre com 6, CDU com 3, e partidos menores com 1 assento cada. O PS, sob a liderança de Pedro Nuno Santos, sofreu sua pior derrota desde a década de 1980, levando Santos a anunciar sua saída da liderança.
O crescimento do Chega é notável, consolidando-se como a segunda maior força política em Portugal. O presidente do Chega, André Ventura, declarou que o partido "matou o bipartidarismo em Portugal", agradecendo aos eleitores pela confiança. A AD, agora, precisará de alianças para governar, um cenário já esperado.
Temas Centrais da Eleição
Um dos principais temas abordados nas eleições foi a mudança nas regras para a concessão da cidadania portuguesa. A AD propõe aumentar de cinco para até dez anos o tempo mínimo de residência para imigrantes solicitarem a nacionalidade, o que pode impactar os mais de 500 mil brasileiros que residem em Portugal. A participação do eleitorado foi maior nesta eleição, com uma taxa de abstenção de 35%, a mais baixa em 30 anos, refletindo um crescente engajamento político.
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