25 de mai 2025




Venezuela realiza eleição em território contestado com a Guiana em meio a tensões internacionais
Venezuela realiza eleições em Essequibo, território contestado pela Guiana, que denuncia a votação como provocação e alerta sobre consequências legais.
Foto:Reprodução
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A Venezuela realizará neste domingo, 25, eleições para governador e deputados na região de Essequibo, um território em disputa com a Guiana. O pleito, que não conta com a validade reconhecida, ocorre em meio a tensões políticas e críticas da Guiana, que considera a votação uma provocação.
Os venezuelanos vão às urnas para eleger 24 governadores e 260 deputados estaduais, além de 285 deputados da Assembleia Nacional. O governo de Nicolás Maduro busca ampliar seu controle político, enquanto a oposição se apresenta dividida entre boicote e participação. A eleição em Essequibo é a primeira tentativa de Caracas de estabelecer autoridades em uma área que não controla.
A Guiana denunciou a votação como um ato de hostilidade. O presidente Irfaan Ali classificou o processo como uma demonstração de "desespero e propaganda" da Venezuela. O chefe do Estado Maior guianense alertou que qualquer participação local nas eleições será considerada traição, com possíveis consequências legais.
Contexto da Disputa
A disputa por Essequibo remonta a um laudo de 1899 que definiu as fronteiras entre os dois países. A tensão aumentou após a descoberta de petróleo na região em 2015. A Guiana busca a ratificação de suas fronteiras pela Corte Internacional de Justiça, enquanto a Venezuela apela ao Acordo de Genebra de 1966, que anula o laudo anterior.
O pleito ocorre em um cenário de crise humanitária na Venezuela, onde a participação nas eleições é esperada em torno de 30% a 35%. O cientista político Xavier Rodríguez Franco observa que a questão territorial não mobiliza mais a população, que enfrenta dificuldades cotidianas.
A eleição em Essequibo é vista como uma manobra do regime para despertar o nacionalismo, mas especialistas afirmam que não há capacidade para sustentar uma ocupação militar na área. A situação permanece tensa, com a Guiana reforçando sua presença militar na fronteira e a Venezuela mobilizando tropas em resposta a possíveis provocações.
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