25 de mai 2025

Votação na Venezuela é prorrogada com participação abaixo do esperado
Abstenção elevada marca eleições na Venezuela, com Maduro convocando eleitores e oposição dividida entre boicote e participação.
Foto:Reprodução
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Um alto índice de abstenção é esperado nas eleições parlamentares e regionais da Venezuela, marcadas para este domingo (25). A votação, que decide a renovação da Assembleia Nacional e de governadores, ocorre após a controvérsia das eleições presidenciais de 2024, em que Nicolás Maduro foi declarado vencedor sem comprovação dos resultados.
A participação dos eleitores deve girar em torno de 30%, segundo pesquisas. Para lidar com as filas nos centros de votação, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) prorrogou o horário de votação em uma hora. Elvis Amoroso, presidente do CNE, afirmou que a decisão foi tomada para atender os eleitores que ainda estavam nas filas.
Maduro, em um vídeo no Telegram, convocou os cidadãos a votarem, acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, e seu filho, Nicolás Maduro Guerra. Em 2020, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) conquistou 253 das 277 cadeiras no Parlamento, e a atual eleição novamente divide a oposição. Enquanto a maioria, liderada por María Corina Machado, defende o boicote, outros, como Henrique Capriles, optaram pela participação.
Nos dias que antecederam o pleito, o regime prendeu dezenas de opositores, acusando-os de conspirar contra o governo. O chavismo alegou, sem apresentar provas, que havia um plano para atacar embaixadas e outros locais estratégicos. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, mencionou que esses ataques teriam como alvo hospitais e escolas.
Além disso, a Venezuela realiza eleições para escolher um governador e deputados na região de Essequibo, que é reivindicada pela Guiana. O CNE informou que 12 centros de votação foram instalados no estado de Bolívar, com cerca de 21 mil eleitores cadastrados. A Casa Branca repudiou as tentativas de Maduro de comprometer a integridade territorial da Guiana, enquanto o presidente guianense, Irfaan Ali, reafirmou o compromisso com a defesa da soberania nacional.
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