Política

Chavismo mantém controle em eleições, mas abstencionismo se destaca como vencedor

Abstenção eleitoral atinge 75% nas eleições na Venezuela, enquanto PSUV mantém controle, mas com apoio popular em queda.

Nicolás Maduro ensina seu documento de identidade após votar no domingo em Caracas. (Foto: Associated Press/LaPresse)

Nicolás Maduro ensina seu documento de identidade após votar no domingo em Caracas. (Foto: Associated Press/LaPresse)

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O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) manteve o controle nas recentes eleições, mas a abstenção foi a verdadeira vencedora, com a participação real estimada em 25%. O PSUV, sob a liderança de Nicolás Maduro, enfrenta uma crescente perda de apoio popular, tendo perdido três milhões de votos desde 2013.

A oposição, que anteriormente detinha quatro espaços, agora se restringiu a um único estado, Cojedes. A Assembleia Nacional contará com a presença de alguns líderes opositores, como Henrique Capriles, que já ocupou cargos importantes antes da ascensão do chavismo. Contudo, a nova composição parlamentar, que deve assumir em 2026, será dominada por aliados de Maduro.

Críticas ao CNE

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tem sido alvo de críticas por inconsistências nos resultados. O órgão anunciou uma participação de 42,6%, mas a contagem real de votos sugere que a participação foi muito inferior. O CNE aumentou o número de cadeiras parlamentares de 167 para 285, desconsiderando a Constituição.

As eleições ocorreram em um contexto de repressão, com detenções de opositores que chamavam à abstenção. A líder opositora Maria Corina Machado capitalizou essa abstenção como um desafio ao governo. O PSUV, por sua vez, busca legitimar sua vitória, apesar das denúncias de fraude e irregularidades.

Desdobramentos Regionais

O PSUV reconquistou o estado de Barinas, um símbolo de sua história, e também venceu em Zulia, um estado tradicionalmente antichavista. A derrota do opositor Manuel Rosales, que não conseguiu superar a pressão do governo e o apelo à abstenção, evidencia a fragilidade da oposição.

Diante desse cenário, Rosales afirmou que seu partido, o Un Novo Tiempo, continuará na luta eleitoral e pediu uma negociação política para enfrentar a crise institucional. O PSUV, por sua vez, reconhece a necessidade de humildade em sua vitória e se prepara para novos desafios eleitorais.

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