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México realiza suas primeiras eleições judiciais e gera polêmica sobre influência política

Eleições judiciais no México levantam preocupações sobre influência política e criminal, com risco de comprometer a independência do Judiciário.

Foto: Reprodução

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O México realizará suas primeiras eleições judiciais neste domingo, com a participação de centenas de juízes, magistrados e ministros em todo o país. Essa mudança, resultado de uma reforma constitucional aprovada no ano passado, visa democratizar o sistema judicial, que antes era controlado pelo presidente e pelo Senado.

Serão quase novecentos cargos federais em disputa, incluindo todos os nove assentos da Suprema Corte e cerca de mil e oitocentos cargos locais em dezenove estados. A reforma foi defendida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador como uma forma de combater a impunidade e aumentar a participação popular no Judiciário. No entanto, críticos alertam que isso pode comprometer a independência judicial.

Preocupações com a Influência Política

Embora os candidatos não possam ser apoiados por partidos políticos e não possam receber financiamento externo, há receios de que políticos ainda consigam influenciar as eleições. O Instituto Nacional Eleitoral (INE) investiga denúncias de distribuição de panfletos sugerindo candidatos preferidos. Claudia Zavala, conselheira do INE, afirmou que a lei proíbe a intervenção de partidos e governos.

Além disso, há temores de que grupos criminosos possam tentar influenciar os resultados. O think tank México Evalúa alertou que oito estados apresentam alto risco de violência política nas eleições judiciais. Em anos anteriores, cartéis mexicanos usaram a violência para manipular resultados eleitorais, e a situação permanece preocupante.

Opinião Pública e Críticas

Uma pesquisa do Pew Research Center revelou que sessenta e seis por cento dos mexicanos apoiam a reforma judicial. Apesar disso, figuras da oposição, como o ex-presidente Vicente Fox, criticaram o processo, chamando-o de "farsa". Algumas organizações civis planejam boicotar a votação, enquanto a atual presidente, Claudia Sheinbaum, incentiva a participação popular, afirmando que é melhor que a escolha do Judiciário seja feita pelo povo do que por políticos.

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