Deputada alerta sobre imigração em SC e risco ao conservadorismo local

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) expressou, no último domingo, preocupações sobre o aumento da migração para Santa Catarina. Segundo ela, a chegada de novos moradores pode impactar o perfil conservador do eleitorado local, especialmente nas próximas eleições.

Os dados do Censo do IBGE revelam que entre 2017 e 2022, Santa Catarina ganhou 354.350 novos habitantes, destacando-se como o estado com o maior saldo migratório do Brasil. Zanatta afirmou que “quem chega nem sempre compartilha dos nossos valores”, referindo-se ao risco de novos eleitores optarem por candidaturas de esquerda.

A deputada ressaltou que, apesar da importância da migração para o desenvolvimento econômico, é fundamental que os novos moradores respeitem as raízes e tradições do estado. Ela defendeu que a migração deve ser voltada para o trabalho e a contribuição, sem comprometer o caráter conservador da região.

Impactos nos Serviços Públicos

Zanatta também alertou para os desafios que a migração impõe aos serviços públicos em cidades como Chapecó e Criciúma. A parlamentar mencionou a superlotação em hospitais e a falta de vagas em creches como consequências diretas desse fenômeno. “Começam a criar, por exemplo, loteamentos irregulares e fazer ocupação desordenada”, completou.

Enquanto Santa Catarina experimenta um crescimento populacional, estados como Rio de Janeiro e São Paulo enfrentam perdas. O Rio de Janeiro, por exemplo, teve um saldo migratório negativo de 165.360 pessoas entre 2017 e 2022, a maior perda do país. Em São Paulo, mais pessoas deixaram o estado do que chegaram, resultando em um saldo negativo de 90 mil habitantes.

Essas mudanças na dinâmica migratória brasileira refletem um cenário em transformação, com Santa Catarina se posicionando como um novo polo de atração populacional.