Política

PT enfrenta dilema entre militância e aliança com centrão nas eleições internas

Filiados do PT elegem nova presidência em meio a divisões internas sobre alianças e a necessidade de renovação na liderança do partido.

Filiados do PT votam no Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo (Foto: Mateus Araújo/UOL)

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Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) votaram hoje para eleger a nova presidência do partido, em um cenário marcado por uma intensa disputa interna. A eleição ocorre em meio a debates sobre a reaproximação com pautas de esquerda e a necessidade de fortalecer alianças com o centro e o mercado financeiro, especialmente após a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com 2.959.823 filiados aptos a votar, a eleição teve quatro candidaturas nacionais e oito chapas. A disputa principal foi entre Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e apoiado por Lula, e Rui Falcão, ex-presidente do partido. Edinho defende uma postura mais moderada, enquanto Rui critica essa abordagem, argumentando que o distanciamento da esquerda resultou em perda de votos.

Mobilização da Militância

A eleição interna mobilizou a militância, segundo o professor Tiago Mesquita. Ele acredita que é essencial construir uma nova relação com a base, que, segundo ele, sempre esteve presente. A professora Sabrina Teixeira vê a votação como uma oportunidade para o PT considerar mudanças no cenário político atual, como a taxação dos super-ricos, apoiada por Lula.

A avaliação de Pedro Salles, editor, é que o partido está dividido entre aqueles que veem o PT como uma legenda eleitoral e os que o consideram um instrumento de luta. A eleição também é vista como um momento de transição na governança do partido, com a necessidade de preparar o PT para uma era "pós-Lula".

Desafios e Críticas

Dirigentes do PT reconhecem que a eleição deve trazer renovação, com uma nova geração de líderes mais atuantes. No entanto, o cientista político Rudá Ricci critica o processo eleitoral interno, afirmando que ele se tornou um mecanismo de controle da corrente majoritária, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Segundo ele, isso limita a participação e o debate dentro do partido.

Em Minas Gerais, a eleição foi suspensa devido a uma decisão judicial que beneficiou a candidatura da deputada Dandara Tonantzin. A situação no estado, um dos maiores colégios eleitorais do país, compromete a divulgação dos resultados nacionais. A contagem dos votos deve ser finalizada até esta segunda-feira.

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