Suspensão da votação gera incerteza na eleição interna do PT em Minas Gerais

A eleição para a presidência do PT enfrenta incertezas após a suspensão da votação em Minas Gerais. O Processo de Eleição Direta (PED) ocorreu em todo o Brasil no dia 6, exceto no estado mineiro, onde a Justiça acatou o pedido da deputada federal Dandara Tonantzin para participar da disputa. Inicialmente, sua candidatura havia sido indeferida por falta de quitação das contribuições partidárias.

Com a decisão judicial publicada no dia 5, o PT optou por adiar a votação em Minas, alegando que não haveria tempo suficiente para a distribuição das novas cédulas com o nome de Tonantzin. O atual presidente do partido, senador Humberto Costa, classificou a judicialização como um "equívoco", defendendo a autonomia do partido nas decisões internas.

Reunião do Diretório Nacional

O diretório nacional do PT se reunirá em Brasília no dia 8 para discutir a situação das eleições em Minas Gerais. Até o momento, não há uma nova data definida para a votação no estado. Apesar do adiamento, o prazo para que os diretórios regionais apresentem os resultados permanece em vigor, o que gera dúvidas sobre como o partido concluirá a contagem sem os votos de Minas.

Candidatos à Presidência

Quatro candidatos disputam a presidência do PT: Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Rui Falcão, ex-presidente da legenda; Valter Pomar, historiador e dirigente do partido; e Romênio Pereira, sindicalista e um dos fundadores da sigla. Os filiados também votaram em chapas para os comandos estaduais e municipais. Caso haja necessidade de segundo turno, a nova votação está prevista para o dia 20 de julho.