14 de jan 2025
Indígenas ocupam Secretaria de Educação no Pará em protesto contra aulas online
Mais de cem indígenas ocuparam a sede da Seduc em protesto no Pará. A mobilização é contra a conversão de aulas presenciais em online. Indígenas exigem a permanência do Sistema Modular de Ensino (Some). A Seduc nega que o Some será finalizado e garante atendimento contínuo. PM foi acionada após tumultos, mas a manifestação segue pacífica.
Indígenas ocupam sede de secretaria de Educação no Pará nesta terça-feira contra conversão de aulas presenciais em online (Foto: Reprodução/Sintepp)
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Indígenas de dez etnias ocupam, nesta terça-feira, a sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) em protesto contra a conversão de aulas presenciais em online. A mobilização, que conta com mais de cem lideranças, defende a permanência do Sistema Modular de Ensino (Some), essencial para o ensino médio em áreas remotas. A ação foi motivada pela insatisfação com o fechamento de turmas e a substituição por ensino à distância.
Policiais militares foram enviados ao local após alguns indígenas derrubarem um portão. Os líderes do protesto afirmam que deixarão os espaços administrativos apenas após uma reunião com o secretário de Educação estadual, Rossieli Soares. As etnias, como munduruku e tupinambá, expressam preocupação com a falta de infraestrutura nas comunidades, que não possuem energia elétrica ou sinal de internet adequados para o ensino online.
Conceição Holanda, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), destacou que o estado abriga mais de 55 etnias e uma população indígena superior a 60 mil pessoas. Ela enfatizou a necessidade de garantir o direito à formação integral e a importância de serem ouvidos pelo governador do Pará.
A Seduc, em nota, negou que o Some será encerrado e afirmou que o programa continuará a atender as áreas remotas, com pagamentos de até R$ 27 mil para professores. O Sintepp também denunciou ações da PM, como o uso de spray de pimenta e a tentativa de limitar o acesso da imprensa. A PM, por sua vez, declarou que não houve confronto e que a manifestação permanece pacífica.
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