Política

Representatividade feminina atinge apenas 26% em cargos de liderança nas capitais brasileiras

Desde a década de 1950, mulheres ocupam cargos de chefia, mas a representatividade é baixa. Apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas nas 26 capitais brasileiras. A região Norte tem a pior média de representatividade feminina, com apenas 23%. Belém e Natal se destacam com 41,67% de mulheres em cargos de liderança. Especialistas apontam a falta de investimento em lideranças femininas como um obstáculo.

Os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e Bruno Reis (Salvador) com suas secretárias de Fazenda, Andrea Senko e Giovanna Victer, respectivamente (Foto: Beth Santos)

Os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e Bruno Reis (Salvador) com suas secretárias de Fazenda, Andrea Senko e Giovanna Victer, respectivamente (Foto: Beth Santos)

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Na década de 1950, as mulheres começaram a ocupar cargos de chefia em secretarias municipais, com Helena Iracy Junqueira assumindo a Educação em São Paulo em 1953. Mais de 70 anos depois, a representatividade feminina no Brasil ainda é baixa, com apenas 26,37% dos postos de liderança no primeiro escalão nas 26 capitais. Essa situação é atribuída à dificuldade de acesso das mulheres à política, exacerbada pela falta de investimento dos partidos na formação de lideranças femininas, segundo Ligia Fabris, especialista em gênero.

Atualmente, apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas nas capitais: Emília Corrêa em Aracaju e Adriane Lopes em Campo Grande. Lopes se destaca por ter nove secretarias lideradas por mulheres, enquanto a maioria das mulheres em cargos de liderança enfrenta desafios em um ambiente dominado por homens. Fabris ressalta que, ao formar seus governos, os homens tendem a indicar líderes de grupos políticos masculinos, relegando as mulheres a cargos considerados menos relevantes.

Em várias capitais, como Porto Velho e Rio Branco, as mulheres estão concentradas em secretarias de assistência social, reforçando a divisão sexual do trabalho. A região Norte apresenta a pior média de representatividade feminina, com apenas 23%, enquanto o Centro-Oeste tem a melhor, com 33%. No Sudeste, capitais como São Paulo têm menos de 25% de mulheres no primeiro escalão, com o prefeito Ricardo Nunes contando com seis secretarias lideradas por mulheres.

A cofundadora do grupo A Tenda das Candidatas, Laura Astrolábio, defende a necessidade de ações afirmativas para inclusão de gênero e raça na política. Em algumas capitais, como Belém e Natal, a representatividade feminina é mais alta, com 41,67% de mulheres em cargos de liderança. O prefeito de Belém, Igor Normando, comprometeu-se a promover a equidade na prefeitura até o final de seu mandato.

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