Política

Universidade de Tóquio enfrenta desigualdade de gênero com programa inovador

A Universidade de Tóquio revelou que 90% dos professores titulares são homens. O programa #WeChangeUTokyo visa aumentar a presença feminina na instituição. A meta é elevar a proporção de mulheres no corpo docente de 18% para 25% até 2027. Iniciativas incluem treinamento sobre preconceitos inconscientes e apoio a mulheres na pesquisa. O programa busca conscientizar a comunidade universitária sobre a desigualdade de gênero.

Foto: Reprodução

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No ano passado, um grupo de acadêmicos da Universidade de Tóquio (UTokyo) expôs um cartaz provocativo no campus, gerando reações mistas entre alunos e funcionários. O cartaz, que apresentava a letra ‘Q’ em destaque, questionava: “Por que há tão poucas mulheres na Universidade de Tóquio?”. Os dados são alarmantes: cerca de 90% dos professores titulares, 83% dos professores associados e 77% dos alunos de graduação são homens, refletindo uma tendência observada em instituições de ensino superior em todo o Japão.

Como vice-presidente executivo da universidade, responsável por iniciativas de diversidade, o autor do cartaz tem se empenhado nos últimos quatro anos para enfrentar essa desigualdade. O cartaz foi parte de um esforço maior para aumentar a conscientização sobre a disparidade de gênero e promover mudanças. Apesar de a constituição japonesa garantir direitos iguais às mulheres, a sociedade, incluindo os ambientes acadêmicos, tem sido dominada por homens, o que não pode continuar.

Em 2022, foi lançado o programa #WeChangeUTokyo, com cinco ações principais para promover mudanças institucionais. A primeira ação visa aumentar a conscientização entre os homens, que representam a maioria da comunidade da UTokyo. Estudos indicam que grupos super-representados muitas vezes não percebem a falta de diversidade e podem não apoiar iniciativas de inclusão. Para isso, foram implementados treinamentos sobre preconceitos inconscientes e estereótipos de gênero, além de workshops sobre consentimento e assédio sexual.

Outra ação é o apoio às mulheres na pesquisa, oferecendo oportunidades de networking e suporte financeiro para viagens, especialmente para aquelas com responsabilidades familiares. Além disso, programas de mentoria foram criados para auxiliar mulheres em suas trajetórias acadêmicas. A terceira ação envolve a definição de metas numéricas, com o objetivo de aumentar a proporção de mulheres no corpo docente de 18% em maio de 2024 para 25% até o final do ano letivo de 2027. Embora alguns críticos considerem essa meta modesta, os responsáveis acreditam que um aumento mais gradual será mais eficaz, baseando-se em dados dos últimos 20 anos.

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