21 de jan 2025
Quarenta por cento dos projetos de lei anti-LGBTQIA+ visam diretamente a população trans
Entre 2019 e 2023, 39,6% dos projetos anti LGBTQIA+ focaram em trans. Propostas incluem restrições em banheiros e participação em competições. Observatório da Agência Diadorim mapeou 1.012 projetos de lei no total. Quase metade dos projetos anti LGBTQIA+ nas assembleias afetam pessoas trans. Câmara dos Deputados apresentou 45 projetos focados na população trans.
Ativistas pedem ao STF que permita que pessoas trans usem o banheiro do gênero com o qual se identificam. (Foto: André Nery/ Diadorim)
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Nos últimos quatro anos, 39,6% dos projetos de lei anti-LGBTQIA+ apresentados no Brasil tiveram como alvo a população trans. As propostas incluem restrições ao uso de banheiros, participação em competições esportivas, acesso ao processo de transição e debates sobre a definição de gênero. Os dados são da Observatória, plataforma da Agência Diadorim que monitora ações legislativas contrárias aos direitos LGBTQIA+.
O levantamento abrangeu 1.012 propostas de lei entre janeiro de 2019 e outubro de 2024, sendo 575 favoráveis e 437 prejudiciais à população LGBTQIA+. Nas assembleias legislativas estaduais, foram apresentados 325 projetos anti-LGBTQIA+, dos quais 127 afetam diretamente pessoas trans. Desses, 41,7% tratam do uso de banheiros, 27,6% abordam a participação de atletas trans em competições e 25,2% envolvem o acesso ao processo transexualizador.
Na Câmara dos Deputados, 45 dos 109 projetos apresentados desde 2019 focam na população trans, representando 41,3% do total. Os principais temas incluem a participação de atletas trans em competições (17 projetos), o processo transexualizador (14), o uso de banheiros (7) e a definição de gênero (7). No Senado, foram registrados três projetos anti-LGBTQIA+ no mesmo período, com um deles tratando sobre o uso de banheiros.
Esses dados revelam um cenário preocupante para os direitos da população trans no Brasil, evidenciando a necessidade de monitoramento e defesa dos direitos LGBTQIA+. A análise dos projetos apresentados mostra uma tendência de ataque a direitos fundamentais, refletindo um ambiente legislativo hostil.
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