08 de fev 2025
Maricá enfrenta salários atrasados enquanto Quaquá investe em futebol e carnaval
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, enfrenta críticas por atrasos salariais. Maricá F.C. se destaca no Campeonato Carioca, superando clubes tradicionais. Prefeitura investe R$ 8 milhões na escola de samba, gerando polêmica sobre recursos. Relações entre clube e administração municipal levantam questões éticas. Problemas de infraestrutura e saúde persistem, enquanto foco é em futebol e carnaval.
Washington Quaquá (PT), prefeito de Maricá (Foto: Evelen Gouvêa/Prefeitura de Maricá)
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O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, enfrenta críticas à sua gestão, marcada por atrasos nos pagamentos de servidores, enquanto aposta no apoio ao Maricá F.C. e à escola de samba União de Maricá. O time, que está entre os quatro primeiros no Campeonato Carioca, surpreendeu ao se destacar em sua primeira participação na elite, superando equipes tradicionais como Fluminense e Botafogo. O presidente do clube, Arlen Pereira, também é secretário de Gestão, e a patrocinadora do time é gerida pela primeira-dama, Gabriela Lopes.
A prefeitura investiu R$ 8 milhões no desfile da União de Maricá, quantia que gerou descontentamento entre concorrentes, que consideram o valor excessivo. O presidente da União da Ilha, Ney Filardi, criticou a disparidade financeira, afirmando: "Não invejo o dinheiro que vocês têm. Tem dinheiro? Enfia naquele lugar!" A oposição na Câmara Municipal também se opõe a esse apoio financeiro, e o vereador Ricardo Netuno (PL) votou contra a doação, destacando a confusão entre interesses públicos e privados.
Quaquá, que é vice-presidente do PT, já enfrentou problemas relacionados a subvenções no passado. O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro negou um recurso da prefeitura sobre uma ajuda de R$ 3 milhões à Acadêmicos de Grande Rio, alegando "injustificado dano ao erário municipal". O prefeito vê o time e a escola como parte de um projeto maior para colocar Maricá em destaque, mas a falta de pagamento a servidores e problemas na saúde pública geram descontentamento.
Em 2022, quase 70% da população de Maricá não tinha acesso à coleta de esgoto, e a prefeitura afirma ter investido R$ 500 milhões em saneamento em 2023. Além disso, passageiros reclamam da demora dos ônibus, que circulam com intervalos de até uma hora. Quaquá, que está em sua terceira gestão, planeja emplacar seu filho, Diego, como presidente do diretório estadual do PT, mas sua influência na região é limitada, especialmente em municípios vizinhos, onde adversários políticos estão no poder. Maricá, que recebe royalties de petróleo, teve um orçamento de R$ 7 bilhões em 2024, com R$ 224 milhões recebidos apenas em janeiro.
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