12 de fev 2025
Brasil rejeita mudanças na checagem de fatos da Meta e condena disseminação de fake news
A Meta encerrou o programa de checagem de fatos, gerando polêmica no Brasil. Pesquisa revela que 41% dos brasileiros rejeitam novas políticas da Meta. 54% dos entrevistados já encontraram conteúdo falso nas redes da empresa. 87% acreditam que a Meta deve agir contra fake news e discurso de ódio. A rejeição brasileira é a maior da América Latina, superando outros países.
Notícias falsas são ameaças ao processo eleitoral (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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Uma pesquisa realizada pela Broadminded em janeiro de 2024 revelou que os brasileiros são os mais críticos em relação às mudanças na política de moderação de conteúdo da Meta, que inclui o fim do programa de checagem de fatos. Quarenta e um por cento dos entrevistados no Brasil discordam da mudança, temendo que isso favoreça a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio. Em contrapartida, 34% acreditam que a medida é uma questão de liberdade de expressão, enquanto 25% não souberam opinar.
O levantamento também mostrou que 54% dos brasileiros consideram a remoção de iniciativas de checagem de fatos uma ameaça à democracia. Em relação à afirmação de que teriam o direito de disseminar notícias falsas, 77% dos entrevistados rejeitam essa ideia. Os índices de rejeição são menores em outros países da América Latina, como Argentina (38%) e Chile (46%). Além disso, 54% dos brasileiros afirmaram já ter encontrado conteúdo falso nas redes da Meta.
A pesquisa indicou que 87% dos brasileiros acreditam que a Meta deve ser responsável por remover conteúdos prejudiciais e colaborar com autoridades em casos de risco à segurança pública. Trinta e oito por cento dos entrevistados considerariam deixar as redes sociais da Meta caso as novas políticas de moderação fossem implementadas no Brasil. O índice de rejeição à mudança é o mais alto da América Latina, superando países como México e Colômbia.
Por fim, 43% dos brasileiros relataram ter se deparado com discursos de ódio nas plataformas da Meta, o maior percentual entre os países analisados. Entre aqueles que denunciaram conteúdos, 31% não receberam resposta satisfatória. A pesquisa foi realizada com 635 brasileiros, sendo 345 mulheres e 300 homens, e destaca a preocupação crescente com a desinformação e a segurança nas redes sociais.
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