Política

Ex-presidentes podem enfrentar penas em presídios comuns, alertam especialistas

Jair Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão por tentativa de golpe. Fernando Collor já cumpre 8 anos de pena por corrupção na Operação Lava Jato. Ambos ex presidentes podem ter tratamento diferenciado em prisão, segundo especialistas. Brasil pode ter dois ex presidentes cumprindo pena simultaneamente, inédito na história. Investigação de Bolsonaro inclui fraudes e tentativas de se manter no poder em 2022.

Fernando Collor e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/Facebook)

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A possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) ser condenado por sua participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 levanta questões sobre o cumprimento de sua pena, que pode chegar a 40 anos. Especialistas indicam que, caso condenado, ele pode ser encarcerado em um presídio comum, mas há a expectativa de que receba tratamento diferenciado, como celas separadas ou até mesmo uma unidade militar, similar ao que ocorreu com Lula em 2018. Fernando Collor de Mello, já condenado a oito anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, também pode ter um tratamento especial, considerando seu histórico como ex-presidente.

A legislação brasileira não prevê tratamento especial para condenados, exceto em casos de prisão preventiva. No entanto, especialistas como Fernando Castelo Branco e Davi Tangerino defendem que a isonomia deve ser aplicada, especialmente considerando que outros ex-presidentes não foram enviados a presídios comuns. Bolsonaro enfrenta seis inquéritos no STF, incluindo investigações sobre fraudes no cartão de vacinação e venda irregular de joias. A conclusão do julgamento está prevista para o final do ano, e a condenação pode resultar em uma pena significativa.

A história política do Brasil mostra que ex-presidentes frequentemente enfrentam problemas legais após deixarem o cargo. Desde a redemocratização, apenas Fernando Henrique Cardoso não enfrentou grandes turbulências. Collor, por exemplo, foi afastado por impeachment e, após tentativas de retomar a carreira política, foi condenado em 2023 por corrupção relacionada à Operação Lava Jato. A demora na conclusão de seu julgamento permitiu que ele permanecesse fora da prisão até agora.

A situação de Bolsonaro e Collor reflete uma tendência preocupante na política brasileira, onde ex-presidentes enfrentam processos judiciais e condenações. A combinação de um sistema político instável e a politização do Judiciário contribui para essa realidade, levando a uma percepção de que há uma "maldição" que persegue os ocupantes do Palácio do Planalto. Se ambos forem condenados, o Brasil poderá ter a inusitada situação de dois ex-presidentes cumprindo pena ao mesmo tempo, o que destaca as complexidades e os desafios do sistema político e judicial do país.

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