30 de mar 2025
Esquerda se mobiliza em São Paulo contra anistia a golpistas e pede prisão de Bolsonaro
Protestos em São Paulo e Rio de Janeiro marcam resistência à anistia de golpistas; líderes de esquerda prometem barrar proposta na Câmara.
Manifestantes participam de ato contra a anistia para os golpistas do 8 de Janeiro, em São Paulo (Foto: RICARDO YAMAMOTO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO)
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A manifestação organizada por entidades de esquerda em São Paulo, no dia 30 de março, teve uma participação estimada de 6.600 pessoas, segundo a Universidade de São Paulo. O protesto, que começou na praça Oswaldo Cruz e seguiu em passeata pelo bairro do Paraíso, exigiu a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um processo por tentativa de golpe de Estado. Apesar de temores sobre a adesão, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), um dos organizadores, considerou o ato um sucesso.
No Rio de Janeiro, Bolsonaro havia reunido 18 mil apoiadores em uma manifestação duas semanas antes, mas a mobilização da esquerda em São Paulo, embora menor, representou um aumento em relação a atos anteriores, como o de 4,7 mil pessoas em novembro de 2023. Durante a passeata, drones foram utilizados para medir a participação, e Boulos afirmou que a manifestação foi maior do que a da direita, que defendeu a inocência de Bolsonaro.
Os manifestantes terminaram o ato em frente ao antigo prédio do DOI-Codi, um órgão de repressão da ditadura militar, e gritaram palavras de ordem contra generais envolvidos no processo contra Bolsonaro. Apesar de alguns momentos de tensão, como a troca de insultos com moradores, não houve incidentes graves. Além de Boulos, outros deputados federais, como Lindbergh Farias (PT), também discursaram, prometendo barrar a proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente tornar Bolsonaro e mais sete aliados réus por crimes relacionados à tentativa de golpe. A oposição, liderada por Zucco (PL-RS), planeja articular a votação de uma proposta de anistia para os condenados, com reuniões agendadas para os dias 1º e 3 de abril. A situação política continua tensa, com as manifestações refletindo a polarização entre os grupos de apoio e oposição ao ex-presidente.
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