Política

Lula busca fortalecer agenda climática na presidência do Brics para a COP30

O BRICS, agora com 11 membros, busca fortalecer sua influência global. Lula pretende usar o grupo para pressionar países ricos a financiar ações climáticas. O Brasil quer discutir a redução da dependência do dólar nas transações do bloco. A COP30, em Belém, será crucial para discutir financiamento contra o aquecimento global. A relação com Trump pode impactar a dinâmica do BRICS e suas estratégias econômicas.

Foto da família dos líderes tirada na 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, Rússia, em 24 de outubro de 2024. (Foto: Anadolu/Getty Images)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende utilizar o Brics para fortalecer a COP30, conferência sobre clima que ocorrerá em Belém no próximo semestre. O governo brasileiro acredita que o grupo deve se unir para pressionar países desenvolvidos a disponibilizarem recursos para ajudar na luta contra o aquecimento global. O Brics, que começou com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora conta com 11 membros, incluindo Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Irã e Indonésia. A expectativa é que haja um consenso entre os integrantes para exigir mais apoio financeiro.

Durante a COP29, realizada no Azerbaijão, as nações em desenvolvimento estimaram a necessidade de US$ 1,3 trilhão anuais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas esse valor foi reduzido para US$ 300 bilhões, sem garantias de liberação. O Brasil defende que o financiamento deve ser direcionado principalmente a países pobres, que não têm recursos para investir em medidas ambientais. O governo brasileiro espera que essa posição esteja refletida na declaração final da cúpula do Brics, programada para julho no Rio de Janeiro.

Sergio Besserman, economista e ecologista, destacou que os R$ 300 bilhões estimados são insuficientes e que a inclusão da mudança climática na agenda do G20, presidido pelo Brasil em 2024, foi uma vitória política. Ele acredita que, embora o Brics e o G20 não tenham a capacidade de transformar planos em ações concretas, é importante que o tema seja discutido. Claudio Angelo, do Observatório do Clima, ressaltou que o Brasil terá a responsabilidade de mobilizar capital privado para aumentar o financiamento climático, buscando superar os US$ 300 bilhões aprovados na COP29.

Com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, o governo brasileiro também planeja discutir o uso de inteligência artificial e a criação de um sistema que diminua a dependência do dólar nas transações entre os membros do Brics. Apesar das ameaças de Trump em relação ao abandono do dólar, não há interesse dos países do bloco, especialmente Brasil e China, em desfazer suas reservas em moeda americana. Além disso, o Brasil busca apoio da China para sua candidatura a membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, que atualmente conta com cinco países nesse status.

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