18 de jan 2025
Trump pode desmantelar agências federais; impacto no consumidor é incerto
Donald Trump tomará posse em 20 de janeiro e propõe cortes federais significativos. Elon Musk e Vivek Ramaswamy liderarão o novo conselho de eficiência governamental. O fechamento da FDIC e do CFPB está em discussão, gerando preocupações econômicas. Especialistas alertam que eliminar a FDIC pode prejudicar a estabilidade financeira. A proposta de reestruturação exigirá aprovação do Congresso para ser implementada.
Foto: Reprodução
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Mudanças significativas podem ocorrer com a posse do presidente Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Entre as propostas, está a possível extinção de várias agências federais, incluindo a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). Trump já indicou cortes substanciais nos gastos federais e nomeou Elon Musk e Vivek Ramaswamy como co-presidentes de um novo conselho consultivo, o Department of Government Efficiency (DOGE), que visa aumentar a eficiência do governo.
Relatórios indicam que o grupo consultivo questionou a viabilidade de reduzir ou desmantelar a FDIC, que garante depósitos de até R$ 250 mil por depositante, por banco. Desde sua criação na Grande Depressão, a FDIC assegurou que nenhum depositante perdesse fundos segurados devido a falências bancárias. William Isaac, ex-presidente da FDIC, defendeu a importância da agência para a estabilidade financeira, enquanto Tomas Philipson, professor da Universidade de Chicago, sugeriu que o Tesouro poderia assumir a função de seguro de depósitos.
A proposta de eliminar a FDIC gerou críticas, com Brett House, professor da Columbia Business School, alertando que isso poderia prejudicar o sistema de crédito ao consumidor e a posição dos EUA como centro financeiro. Ele destacou que, embora grandes bancos possam sobreviver sem a proteção da FDIC, instituições regionais, que são essenciais para o financiamento de pequenas empresas, seriam gravemente afetadas.
Além disso, a Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), criada após a crise financeira de 2008, também está sob análise. A CFPB, que protege consumidores contra práticas predatórias, pode enfrentar reformas significativas. Lindsey Johnson, presidente da Consumer Bankers Association, pediu mudanças na agência, enquanto defensores argumentam que sua desmantelação poderia reverter proteções importantes para os consumidores. A discussão sobre a eficiência e a necessidade de agências governamentais continua, com opiniões divergentes sobre a melhor abordagem para garantir a proteção dos consumidores e a estabilidade financeira.
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