20 de jan 2025
Caiado critica portarias de uso da força e aponta conivência do governo com criminalidade
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou portarias do ministro Ricardo Lewandowski. As novas regras para uso da força policial foram vistas como conivência com a criminalidade. Caiado comparou a discussão sobre segurança pública ao contexto da Suécia, ironizando a abordagem. As portarias vinculam verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública ao cumprimento das normas. Governadores de direita pedem revogação do decreto, alegando que ele favorece facções criminosas.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás (Foto: Gabriela Biló /Folhapress)
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou as novas portarias assinadas pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que regulamentam o uso da força policial. Caiado afirmou que as medidas demonstram "conivência e leniência" do governo Lula com a criminalidade, destacando que a proposta de criar um comitê para discutir a segurança pública é inadequada, dado o contexto atual de violência no Brasil. Ele comparou a discussão a um debate sobre segurança pública na Suécia, enfatizando a gravidade da situação no país.
As portarias, publicadas na última sexta-feira (17), estabelecem que o uso de armas letais deve ser uma "medida de último recurso" e que as algemas devem ser utilizadas em situações específicas. Caiado já havia criticado o decreto anterior, considerando-o um "presente de Natal para o crime organizado". Lewandowski, por sua vez, defendeu que as portarias foram amplamente discutidas com integrantes da segurança pública e visam garantir a segurança dos profissionais da área.
Além disso, as novas regras vinculam o repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao cumprimento das orientações estabelecidas. Caiado e outros governadores de direita, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Tarcísio de Freitas (São Paulo), manifestaram-se contra as medidas, alegando que elas favorecem as facções criminosas e punem os policiais que arriscam suas vidas para proteger a sociedade. O grupo pediu a revogação do decreto, considerando-o uma tentativa de interferência nas políticas de segurança dos estados.
Os governadores afirmam que as novas diretrizes são arbitrárias e prejudiciais, pois buscam regular a atuação das polícias estaduais. A insatisfação com as portarias reflete um impasse entre o governo federal e os governadores, que se sentem ameaçados pela centralização das decisões de segurança pública. A situação continua a gerar debates acalorados sobre a eficácia e a necessidade das novas regras em um cenário de crescente violência no Brasil.
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