Política

Políticos e ruralistas organizam 'COP do Agro' no Pará com convite a Trump

A COP 30 do Agro ocorrerá em outubro em Marabá, Pará, com políticos e produtores. Vinícius Borba vê a eleição de Trump como esperança para o setor agropecuário. Dados indicam que 74% das emissões no Brasil vêm do setor agropecuário. Senador Zequinha Marinho critica a COP30 da ONU, chamando a de "ecoterrorismo". Borba propõe soluções radicais, como expulsão de ONGs e cancelamento da COP30.

Organizadores da 'COP 30 do Agro' esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participe do evento (Foto: Reprodução/Instagram)

Organizadores da 'COP 30 do Agro' esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participe do evento (Foto: Reprodução/Instagram)

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Um advogado de Canaã dos Carajás (PA) enviou mensagens à deputada federal Silvia Waïapi (PL-AP) durante a posse de Donald Trump, pedindo que o presidente dos EUA fosse convidado para a "COP 30 do Agro". O evento, programado para outubro em Marabá, no Pará, contará com a participação de diversos senadores e deputados, incluindo a própria Waïapi. Vinícius Borba, criador da Apria (Associação dos Produtores Rurais Independentes da Amazônia), é o principal organizador e defende que a Amazônia não é a culpada pelas mudanças climáticas, embora dados do Seeg indiquem que 74% das emissões no Brasil estão ligadas ao setor agropecuário.

Após a posse de Trump, Borba destacou em uma live que a eleição do republicano representa um "fio de esperança". Trump, em seus primeiros atos, anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris e prometeu uma postura rigorosa contra restrições ambientais. Questionado sobre um possível viés de "negacionismo climático" na COP do Agro, Borba refutou, alegando que os verdadeiros poluidores são os países desenvolvidos que não reduzem suas emissões. O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também expressou esperança de receber Trump na COP30, a conferência oficial da ONU.

O coordenador de política internacional do Observatório do Clima, Claudio Angelo, criticou a COP do Agro, afirmando que seu impacto sobre a COP30 será "nulo", pois esta última é um evento internacional organizado pela ONU. O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), um dos apoiadores da COP do Agro, já havia manifestado sua oposição à COP30, considerando-a "controlada pelo ecoterrorismo ambiental". Marinho, que defende a exploração econômica das terras indígenas, não atendeu a pedidos de entrevista sobre sua participação no evento.

Borba, que se apresenta como um "amazônida" apesar de ser natural de Goiás, ganhou notoriedade por sua atuação nas redes sociais e por defender pecuaristas durante a desintrusão da Terra Indígena Apyterewa. Em entrevistas, ele propôs soluções controversas para a Amazônia, como o cancelamento da COP30 e a expulsão de ONGs, além de defender leis menos rigorosas em relação ao meio ambiente. A Apria também busca o protagonismo do produtor rural nas decisões sobre a Amazônia, desafiando a influência de organizações não governamentais nas políticas ambientais.

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