Política

Ibama realiza maior operação contra desmatamento ilegal e gera tensão no Pará

Ibama embarga 70 mil hectares na Amazônia, gerando tensão entre ruralistas e o governo do Pará às vésperas da COP30.

Lula e o governador do Pará, Helder Barbalho, em evento em Belém (Foto: Ueslei Marcelino - 9.ago.23/Reuters)

Lula e o governador do Pará, Helder Barbalho, em evento em Belém (Foto: Ueslei Marcelino - 9.ago.23/Reuters)

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Uma mega operação do Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis) embargou mais de 70 mil hectares no Pará, gerando revolta entre ruralistas. O governador do estado, Helder Barbalho (MDB), se reuniu com autoridades para discutir a situação e buscar soluções.

A operação, realizada entre o final de abril e o início de maio, é considerada a maior da história do Ibama contra o desmatamento ilegal. Utilizando tecnologia de monitoramento por satélite, o órgão identificou áreas desmatadas sem autorização. O embargo afetou cerca de 5.000 fazendas em vários estados, incluindo o Pará, que sediará a COP30 em novembro.

Barbalho, que tem apoio de ruralistas e de setores do agronegócio, acionou o Palácio do Planalto e se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais). O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) também protocolou um pedido de audiência com o Ibama. A reunião, que não contou com a presença do órgão, terminou sem soluções concretas.

Os ruralistas criticam a forma como os embargos foram aplicados, alegando que muitos foram injustos. Estimativas indicam que de 10% a 15% dos embargos podem ter sido equivocados, afetando entre 200 e 300 fazendeiros. O governo do Pará defende que medidas com impacto socioeconômico sejam analisadas individualmente para evitar prejuízos a produtores regulares.

A operação, chamada de "embargão", foi uma resposta ao aumento do desmatamento na Amazônia e à iminência da temporada de incêndios. O Ibama determinou que os proprietários retirassem o gado das áreas embargadas em 30 dias, sob pena de multas e restrições ao crédito rural. O governo estadual argumenta que os proprietários deveriam ter sido notificados antes dos embargos.

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