Trump justifica demissão de inspetores-gerais em ação noturna sem aviso prévio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu inspetores-gerais de mais de uma dúzia de agências federais em uma ação noturna, o que gerou preocupações sobre a falta de aviso prévio ao Congresso. A lei exige um aviso de 30 dias e justificativas detalhadas para tais demissões, que não são comuns, uma vez que os mandatos desses inspetores não coincidem com os ciclos eleitorais, garantindo sua independência. Trump poupou o inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, elogiando seu trabalho em um relatório sobre o ex-diretor do FBI, James Comey.

A demissão em massa, inicialmente reportada pelo The Washington Post, levantou preocupações entre senadores republicanos, incluindo o presidente da Comissão Judiciária, Chuck Grassley, que destacou a ausência do aviso exigido por lei. Outros senadores, como John Thune, líder da maioria, também expressaram surpresa com a decisão da Casa Branca, afirmando que não foram informados previamente sobre as demissões. A senadora Lisa Murkowski classificou as demissões como "amplas" e "sem precedentes", questionando a falta de notificação.

Grassley pediu mais explicações sobre as demissões, afirmando que, embora possa haver razões válidas para a ação, a falta de aviso ao Congresso é preocupante. A senadora Susan Collins também se manifestou, argumentando que demitir indivíduos responsáveis por combater a corrupção contradiz os objetivos de Trump. Outros senadores, como John Barrasso, relataram não ter sido informados sobre as demissões, enquanto Mike Rounds pediu uma oportunidade para que o presidente esclarecesse sua decisão.

A demissão coletiva de inspetores-gerais encerrou uma semana em que Trump utilizou seu poder executivo para implementar mudanças significativas nas políticas do governo. A situação continua a gerar debate entre os legisladores sobre a transparência e a motivação por trás dessas demissões.