29 de jan 2025
EUA congelam ajuda externa e OMS alerta para risco de retrocesso no combate ao HIV
O governo dos EUA suspendeu quase toda a ajuda internacional, afetando programas vitais. O PEPFAR, crucial no combate ao HIV, teve seu financiamento congelado, gerando críticas. A OMS e a IAS alertam que a suspensão pode reverter décadas de progresso no tratamento. A medida impacta diretamente países como Nigéria e África do Sul, interrompendo serviços. Especialistas destacam que o Brasil também será afetado, exigindo alternativas sustentáveis.
O ex-presidente Donald Trump, o provável candidato republicano à presidência, durante uma entrevista em Mar-a-Lago, seu clube privado e residência em Palm Beach, Flórida (Foto: Doug Mills/The New York Times)
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A recente decisão do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, de suspender quase toda a ajuda internacional gerou preocupações globais. O Departamento de Estado e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) congelaram programas de assistência externa, afetando iniciativas de saúde, alívio a desastres e apoio a refugiados. As únicas exceções são os recursos destinados a Israel e Egito, além de assistência alimentar emergencial. Especialistas alertam que essa paralisação, que pode durar até três meses, pode ter consequências fatais e prejudicar a influência americana no cenário global.
O impacto da suspensão já é visível em diversos países. Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky mencionou que "muitos projetos" foram interrompidos, o que pode afetar a defesa do país na guerra contra a Rússia. Em Uganda, a interrupção do financiamento do Plano de Emergência do Presidente para Alívio da Aids (PEPFAR) ameaça reverter anos de progresso no combate ao HIV, com um financiamento anual de cerca de US$ 500 milhões. A falta de recursos pode resultar em novas infecções e mortes, colocando em risco a vida de milhões.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também expressou preocupação, afirmando que a suspensão pode levar o mundo a níveis alarmantes de infecções e mortes por HIV, revertendo décadas de avanços. O PEPFAR, que já salvou mais de 26 milhões de vidas, é crucial para o tratamento e prevenção do HIV em mais de 50 países, incluindo o Brasil. A decisão de Trump enfraquece a liderança dos EUA na saúde pública e destaca a necessidade de alternativas sustentáveis para o enfrentamento do HIV.
Além disso, a suspensão da ajuda afeta programas de desminagem e assistência humanitária em várias regiões, incluindo a África e o Oriente Médio. Organizações que dependem do financiamento americano para operar estão enfrentando dificuldades, com cortes em serviços essenciais como vacinação e tratamento de doenças. A incerteza sobre o futuro da ajuda externa levanta questões sobre a capacidade dos EUA de manter sua influência global e o compromisso com a assistência humanitária.
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