31 de jan 2025
Haddad critica alta da Selic e prevê crescimento de 2,5% para a economia em 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a alta da Selic para 13,25%. Ele alertou que juros elevados podem desacelerar a economia brasileira. Haddad destacou que a balança comercial com os EUA é equilibrada e não justifica sobretaxas. O crescimento do PIB deve cair de 3,5% para 2,5% em 2024, segundo Haddad. O governo busca um crescimento sustentável, reduzindo a inflação ao mesmo tempo.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em entrevista à RedeTV que os Estados Unidos não têm vantagens em sobretaxar produtos brasileiros, ressaltando que a balança comercial entre os dois países é equilibrada. Haddad comentou que, caso o presidente Donald Trump implemente tarifas sobre produtos de países como México e Canadá, isso poderia beneficiar o Brasil, aumentando suas exportações para os EUA. Ele também destacou que a redução de subsídios à transformação ecológica nos EUA abre oportunidades de investimento no Brasil.
Haddad criticou a decisão do Banco Central de elevar a Selic para 13,25% ao ano, afirmando que a taxa já está em um nível que desacelera a economia. O ministro alertou que um aumento excessivo dos juros pode ser contraproducente e que o governo busca um crescimento sustentável, com a inflação dentro da meta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,83% no ano passado, superando a meta de 3%.
O ministro também mencionou que a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano é de 2,5%, abaixo dos 3,5% do ano anterior, devido à necessidade de acomodar as pressões inflacionárias. Haddad afirmou que ainda acredita na possibilidade de crescimento de 2,5% sem revisão para 2%, apesar das dificuldades econômicas previstas para o semestre. Ele enfatizou que o governo está focado em um crescimento econômico sustentável.
Além disso, Haddad abordou o alto nível de endividamento das famílias, destacando a necessidade de resolver as taxas de juros praticadas pelos bancos. Ele afirmou que programas como o Desenrola ajudam a mitigar o problema, mas a alta da Selic gera preocupações. O ministro reiterou que o aumento da Selic não precisa impactar diretamente o consumidor, desde que haja mecanismos para reduzir os juros finais.
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