31 de jan 2025
Presidente dos Correios aponta déficit de R$ 3,2 bilhões à 'tentativa de privatização'
O presidente dos Correios, Fabiano Silva, reportou déficit de R$ 3,2 bilhões em 2022. A privatização proposta por Jair Bolsonaro impactou negativamente a estatal. Silva se reuniu com Lula para discutir recuperação financeira e resultados lucrativos. Empresas públicas federais registraram déficit primário recorde de R$ 6 bilhões em 2024. Correios enfrentam prejuízo de R$ 2,1 bilhões até setembro de 2024, complicando a situação.
"As provas do concurso dos Correios tiveram comparecimento de 59,85% dos quase 1,7 milhão de inscritos na seleção (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)"
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O presidente dos Correios, Fabiano Silva, atribuiu o déficit de R$ 3,2 bilhões registrado em 2023 à tentativa de privatização da estatal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em coletiva no Palácio do Planalto, Silva afirmou que a empresa foi "sucateada" para ser vendida, o que impactou negativamente seus resultados. Ele destacou que a recuperação da empresa exigirá um esforço significativo.
Durante seu mandato, Bolsonaro manifestou repetidamente a intenção de privatizar os Correios, afirmando que a venda estava "na reta" ao final de seu governo, em agosto de 2022. Silva e a ministra da Gestão e Inovação de Serviços Públicos se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a situação financeira da estatal, com o objetivo de alcançar resultados lucrativos em breve, conforme solicitado por Lula.
Os dados do Banco Central indicam que, até novembro de 2024, as empresas públicas federais registraram um déficit primário de R$ 6 bilhões, um recorde desde 2001. Esse número, que exclui estatais como Petrobras e Eletrobras, contrasta com um déficit de apenas R$ 38 milhões em 2023 e um superávit de R$ 1,9 bilhão em 2022. A contabilidade do Ministério da Gestão, que utiliza uma metodologia diferente, aponta um déficit de R$ 6,3 bilhões em 2024.
Além do rombo de R$ 3,2 bilhões dos Correios, a empresa também registrou um prejuízo de R$ 2,1 bilhões até setembro de 2024. Em 2023, o déficit foi de R$ 440 milhões, enquanto em 2022 houve um superávit de R$ 186 milhões. Silva ressaltou que a métrica mais adequada para avaliar o desempenho das estatais é a contabilidade que considera os resultados operacionais, excluindo investimentos e outros fatores não recorrentes.
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