Ministério Público do Rio de Janeiro reconhece legitimidade da eleição da CBF em 2022

Após um acordo protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) para encerrar a disputa jurídica na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente Ednaldo Rodrigues se prepara para convocar novas eleições, possivelmente em março de 2025, um ano antes do término de seu mandato. Rodrigues, que busca a reeleição, observa atentamente os movimentos de Ronaldo, seu principal adversário, que já enfrenta questionamentos sobre potenciais conflitos de interesse relacionados a patrocinadores.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) manifestou-se a favor da legitimidade da eleição de 2022, que elegeu Ednaldo, e aceitou o acordo firmado na semana passada, sugerindo o fim da ação judicial. O MP, que inicialmente havia questionado a validade das assembleias que resultaram na eleição, agora reconhece a legalidade do processo, o que pode levar à homologação do acordo pelo STF.

Em dezembro de 2023, Ednaldo e sua diretoria foram afastados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que considerou a eleição ilegal. A intervenção judicial durou menos de um mês, e a Fifa e a Conmebol se posicionaram contra a decisão do TJ-RJ, ameaçando excluir seleções e clubes brasileiros de competições internacionais. A liminar que devolveu Ednaldo ao cargo foi concedida em janeiro de 2024, após o ministro Gilmar Mendes destacar o risco de exclusão das competições.

Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol, foi eleito em março de 2022 e pode convocar novas eleições a partir de março de 2025. Embora tenha declarado anteriormente que não se candidatará à reeleição, sua postura parece ter mudado. Ronaldo, ex-jogador e empresário, também se apresenta como pré-candidato, precisando do apoio de federações e clubes para formalizar sua candidatura. A última eleição com dois candidatos na CBF ocorreu em 1989, e o colégio eleitoral é composto por federações estaduais e clubes das Séries A e B.