03 de fev 2025
Vídeo manipulado distorce fala de analista e gera desinformação sobre alimentos
Vídeo enganoso distorce fala de Clarissa Oliveira sobre medidas de preços. O governo Lula enfrenta crise de comunicação e desinformação crescente. Rui Costa esclarece que não haverá venda de alimentos estragados. Propostas de atacadistas visam reestruturar programa de alimentação, não vender produtos vencidos. Comprova investiga conteúdos enganosos com grande alcance nas redes sociais.
03.fev.2025 - É enganoso o vídeo que circula nas redes sociais com um recorte descontextualizado da fala da analista de política da CNN Clarissa Oliveira (Foto: Projeto Comprova)
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Um vídeo que circula nas redes sociais distorce a fala da analista política da CNN, Clarissa Oliveira, sugerindo que o presidente Lula pretende oferecer alimentos estragados à população. O conteúdo, publicado no TikTok, apresenta um recorte de um minuto da análise completa, que na verdade discute a desinformação em torno das medidas do governo para reduzir o preço dos alimentos.
A análise original, que dura três minutos, aborda como a oposição tem utilizado notícias falsas para atacar o governo. Oliveira menciona que, após uma crise de comunicação relacionada ao Pix, uma nova onda de desinformação está se formando, insinuando que o governo quer oferecer comida vencida para baratear os alimentos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, já havia esclarecido que não haverá intervenção governamental para forçar a queda dos preços e que não se cogita a venda de alimentos fora do prazo de validade.
As sugestões apresentadas por entidades atacadistas ao governo não incluem a venda de produtos estragados, mas sim a reestruturação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e a modernização do sistema de prazos de validade. O conceito de Best Before, utilizado em outros países, sugere que os produtos podem ser consumidos após essa data, desde que mantenham suas características iniciais, o que difere do entendimento comum de "estragado".
O Comprova, que investiga conteúdos suspeitos nas redes sociais, concluiu que o vídeo é enganoso, pois retira a fala de seu contexto original, alterando seu significado. A publicação teve um grande alcance, com mais de 57,6 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos até o dia 30 de janeiro. A responsável pelo vídeo, ao ser informada sobre a desinformação, deletou a postagem.
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