30 de jan 2025
Desinformação sobre proposta de barateamento de alimentos gera polêmica no governo Lula
A inflação dos alimentos supera dois dígitos em várias capitais, afetando Lula. O governo rejeitou a proposta "best before", gerando desinformação nas redes. Críticas à proposta alegam que consumidores não saberiam avaliar alimentos. A alta nos preços dos alimentos é uma prioridade para a gestão em 2025. Lula enfrenta crescente desaprovação popular devido à inflação persistente.
Foto: Reprodução
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A inflação dos alimentos tem sido um dos principais fatores para o aumento da desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2025. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revela que capitais como Campo Grande (11,3%), Goiânia (10,6%) e São Paulo (10%) enfrentam altas que chegam a dois dígitos. O governo considera a questão uma prioridade e rejeitou a proposta da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) de alterar a data de validade dos produtos, conhecida como “best before”, que visava reduzir os preços e o desperdício.
A proposta do “best before” sugere que os rótulos indiquem uma data preferencial de consumo, ao invés da data de validade, permitindo que produtos ainda seguros para consumo permaneçam nas prateleiras por mais tempo. Essa prática, já adotada em países como os Estados Unidos e Canadá, poderia gerar uma economia de R$ 3 bilhões ao reduzir o desperdício. No entanto, o governo federal, através do ministro Paulo Teixeira, afirmou que a ideia está “fora de cogitação”, citando a cultura brasileira que não aceita a venda de produtos com validade vencida.
A rejeição da proposta gerou uma onda de desinformação nas redes sociais, com críticas que alegavam que o governo pretendia fazer a população consumir alimentos vencidos. Dados indicam que mais de 336 mensagens sobre o tema alcançaram potencialmente 352 mil pessoas no Brasil, muitas delas distorcendo a origem da proposta. O contexto de alta nos preços dos alimentos, que acumulou uma inflação de 7,69% em 12 meses, contribui para a insatisfação popular, refletida em pesquisas que mostram 37% de desaprovação ao governo Lula.
O presidente enfrenta um desafio significativo, já que a inflação dos alimentos acumula alta de quase 8% em um ano, superando a inflação geral de 4,5%. Produtos essenciais, como carnes e óleos, tiveram aumentos expressivos, com a picanha subindo 10% desde o início de 2024. A insatisfação popular, especialmente entre os mais pobres e mulheres, está crescendo, e o governo busca alternativas para mitigar a crise, embora a resistência a medidas populistas e a necessidade de controle fiscal sejam cruciais para a recuperação da confiança do eleitorado.
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