Castro critica governo federal e destaca apreensão de fuzis em vídeo sobre segurança no RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, tem buscado se destacar no debate sobre segurança pública, especialmente após críticas à sua gestão. Recentemente, ele gravou um vídeo de quase três minutos, onde enfatiza a apreensão recorde de 732 fuzis em 2024, e critica a gestão do presidente Lula pela entrada de armas no país. O vídeo, filmado em um depósito de armas apreendidas, mostra armamentos de diversos países e destaca a necessidade de ações mais efetivas do governo federal para combater o tráfico de armas.

A situação de segurança no estado se agrava, com um aumento significativo no roubo de veículos, totalizando mais de 800 carros subtraídos em apenas quatro dias. Castro argumenta que, apesar das apreensões, as armas continuam a entrar pelas fronteiras do Brasil, e que o combate ao crime não deve ser responsabilidade apenas das polícias. Ele pede sanções contra países que facilitam o tráfico de armas, reforçando a urgência de uma resposta mais robusta do governo federal.

Em um contexto de crescente violência, a prefeitura do Rio também se manifestou, enviando uma petição ao Supremo Tribunal Federal para participar da ADPF 635, que discute a letalidade policial. O município argumenta que é o mais afetado pela política de segurança pública e apresenta dados que evidenciam o aumento do domínio territorial de criminosos. O procurador-geral do município, Daniel Bucar Cervasio, destaca que a cidade registrou 7.856 denúncias de barricadas nos últimos cinco anos.

Na quarta-feira, 5 de fevereiro, Castro se reunirá em Brasília com autoridades do governo federal, incluindo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir estratégias de segurança. O governador continua a enfatizar a importância da colaboração entre os níveis de governo para enfrentar a crise de segurança no Rio, enquanto a pressão aumenta devido ao aumento da criminalidade e à necessidade de uma abordagem mais eficaz.