Rio de Janeiro busca apoio federal para fortalecer combate ao crime organizado

O governo do Rio de Janeiro, sob a liderança de Cláudio Castro (PL), busca maior colaboração do governo federal para enfrentar a crise de segurança pública. Na semana passada, o governador e o secretário estadual de Segurança, Victor Santos, se reuniram em Brasília com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, apresentando uma lista de programas estratégicos para combater o crime organizado, com foco no Comando Vermelho.

Santos destacou que os projetos visam a captura de criminosos de outros estados e a identificação de movimentações financeiras das facções. Além disso, foi prometida a instalação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp no Rio, que terá como objetivo integrar as forças de segurança em níveis federal, estadual e municipal. “A diretoria virá para o Rio de forma permanente”, afirmou Santos, ressaltando que a nova estrutura contará com apoio de forças policiais federais.

Atualmente, um dos principais esforços do estado é a apreensão de fuzis, com mais de 730 armas desse tipo retiradas das ruas desde o ano passado. O governo busca intensificar ações que atinjam a logística e o financiamento das facções criminosas. Um exemplo de operação bem-sucedida ocorreu em 30 de janeiro, quando a Polícia Federal interceptou um carregamento de 11 fuzis em Paracambi, resultando na prisão de dois homens.

O secretário Santos também mencionou a necessidade de fortalecer três programas federais no estado, incluindo o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/RJ), que atualmente operam com limitações. A reunião em Brasília ocorreu em um contexto de aumento nos roubos de veículos, que ultrapassaram 200 registros diários. Em resposta, o governo lançou a Operação Impacto, que já demonstrou uma redução de 79% nos roubos em áreas como Grande Tijuca e Grande Méier. A situação de segurança continua a preocupar a população, afetando até instituições como a Fiocruz, alvo frequente de violência.