05 de fev 2025
François Bayrou supera moção de censura e aprova orçamento francês sem votação
François Bayrou, primeiro ministro francês, sobreviveu a moção de censura. Ele aprovou o orçamento de 2025 sem votação, usando o artigo 49.3. A Assembleia Nacional está sem maioria, dividida em três blocos ideológicos. O governo busca reduzir déficit fiscal para 5,4% do PIB em 2025. A estratégia inclui aumento de impostos para grandes empresas e super ricos.
O primeiro-ministro da França, François Bayrou, discursa na Assembleia Nacional, em Paris. (Foto: Nathan Laine/Bloomberg/Getty Images)
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O primeiro-ministro da França, François Bayrou, sobreviveu a uma moção de censura nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, após aprovar o orçamento de 2025 sem votação, utilizando um mecanismo constitucional para contornar a falta de maioria no Parlamento. Apenas 128 legisladores votaram a favor da destituição, muito aquém dos 289 necessários. O orçamento foi aprovado em 3 de fevereiro, após meses de disputas que resultaram na queda do antecessor de Bayrou, Michel Barnier, em dezembro.
Em sua fala ao Parlamento, Bayrou justificou o uso do artigo 49.3 da Constituição, que permite a adoção de textos sem votação, afirmando que “este orçamento não é perfeito” e que é uma medida de emergência. O uso desse mecanismo expôs o premiê a uma moção de censura, que pode ser acionada pela oposição para questionar sua permanência no cargo. Embora tenha escapado da primeira moção, uma nova votação está prevista para quinta-feira, 6 de fevereiro, proposta pela extrema esquerda.
Acredita-se que o Reagrupamento Nacional (RN) e os socialistas mantenham apoio ao fechamento do orçamento, embora a centro-esquerda tenha anunciado uma moção separada para responsabilizar Bayrou por suas declarações sobre a imigração. O ministro das Finanças, Eric Lombard, comemorou a sobrevivência política de Bayrou, considerando o fracasso da moção como algo positivo para o país.
A França enfrenta uma crise política desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas em junho, após derrotas em pleitos anteriores. As eleições resultaram em uma Assembleia Nacional dividida em três blocos, sem maioria. O governo agora enfrenta o desafio de ajustar as contas públicas, com a meta de reduzir o déficit para 5,4% do PIB em 2025, quase o dobro do limite europeu, através de um esforço de 52 bilhões de euros. A estratégia inclui aumento de impostos para grandes empresas e super-ricos, enquanto as despesas do Estado devem cair 2%, marcando a primeira redução nominal em 25 anos.
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