06 de fev 2025
Lula descarta congelamento de preços e se reúne com produtores para discutir inflação alimentar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou congelamento de preços de alimentos. Lula atribui a inflação à alta do dólar e promete diálogo com setores produtivos. Ele defende que consumidores evitem comprar produtos caros para pressionar preços. A inflação de alimentos foi de 7,69% em 2024, impactando a popularidade do governo. O presidente acredita que a economia brasileira crescerá entre 3,5% e 3,7% em 2024.
Presidente Lula (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, a possibilidade de um “congelamento” de preços de alimentos, enfatizando a importância do diálogo com o setor produtivo para reduzir os custos. Em entrevista a rádios da Bahia, Lula anunciou uma reunião com produtores de carne para discutir a questão e expressou otimismo em relação ao impacto da queda do dólar nos preços. Ele afirmou: “Eu não posso fazer congelamento [de preços], o que precisamos é chamar os empresários e conversar com o setor.” O presidente também destacou a necessidade de tornar a cesta básica mais acessível à população.
Lula reconheceu que a inflação dos alimentos, que ficou em 7% no último ano, é uma preocupação constante, especialmente em um contexto onde o aumento do salário mínimo deve ser compensado por uma redução nos preços. Ele comparou a situação atual com a gestão anterior, afirmando que a inflação sob Jair Bolsonaro (PL) foi de aproximadamente 22% em dois anos. O presidente atribuiu a alta do dólar a fatores externos e criticou a gestão do Banco Central, que, segundo ele, deixou uma “arapuca” que não pode ser desfeita rapidamente.
O presidente também fez um apelo à população para que não compre produtos que considerem caros, sugerindo que essa atitude poderia forçar os vendedores a baixar os preços. “Se todo mundo tiver a consciência de não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar o preço,” disse Lula. Essa declaração gerou reações negativas de parlamentares da oposição, que ironizaram a sugestão, afirmando que o governo deveria focar em medidas efetivas para controlar a inflação, em vez de responsabilizar os consumidores.
Lula finalizou afirmando que a economia brasileira está em um bom momento, com crescimento projetado entre 3,5% e 3,7% para 2024, e que a massa salarial aumentou, resultando em um dos menores índices de desemprego da história. Ele reiterou que a inflação está “totalmente controlada” e que o governo está comprometido em buscar soluções para garantir que os preços dos alimentos sejam compatíveis com o poder de compra da população.
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