Bancada do PSD busca amenizar tensões com o governo após críticas de Kassab sobre Lula

A relação entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o PSD enfrenta desafios, apesar de o presidente afirmar que é "forte". A insatisfação surgiu após críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, sobre a capacidade de Lula em vencer as eleições de 2026. Kassab, que inicialmente fez declarações contundentes, suavizou seu tom ao afirmar que Lula ainda pode reverter o cenário. A situação gerou um esforço por parte de parlamentares do PSD para amenizar a crise, especialmente após a repercussão das falas de Kassab.

O PSD, que possui a maior bancada no Senado e uma das maiores na Câmara, expressa preocupações sobre a reforma ministerial. Os deputados desejam mudanças na alocação de ministérios e sentem que o governo não tem sido claro sobre as reuniões para discutir esses assuntos. Kassab, que também é secretário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem um pré-candidato à presidência, o governador do Paraná, Ratinho Jr., o que complica ainda mais a relação com Lula.

Em resposta às críticas, Lula tem buscado estreitar laços com outros membros do PSD, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O presidente sinalizou que não pretende remover Silveira do ministério e que Pacheco é seu candidato ao governo de Minas. O governo também considera fortalecer a presença do PSD em ministérios, buscando garantir apoio em um cenário político delicado.

A relação entre Lula e Kassab é marcada por pragmatismo e desconfiança. O presidente sabe que alianças são cruciais em tempos difíceis e, enquanto Kassab não decide seu futuro político, Lula avança nas negociações com outros líderes do PSD. A história política mostra que Kassab pode mudar de lado dependendo da popularidade de Lula e da aprovação do governo, o que torna a situação ainda mais volátil.