Política

Disputa pelo Alto Corcovado: projetos de lei visam transferir gestão para a Igreja

O Cristo Redentor, no Corcovado, é um ícone turístico, atraindo milhões anualmente. Dois projetos de lei visam transferir a administração do Alto Corcovado para a Mitra. Ambientalistas temem que a mudança prejudique o Parque Nacional da Tijuca. A Mitra argumenta que pode melhorar a infraestrutura e a experiência dos visitantes. O Ministério do Meio Ambiente se opõe, defendendo a preservação do patrimônio nacional.

Olhai por nós. Congresso discute a transferência da administração da área do Alto Corcovado, com 6,7 mil metros quadrados, hoje parte do Parque Nacional da Tijuca, para a Arquidiocese do Rio. (Foto: Custódio Coimbra)

Olhai por nós. Congresso discute a transferência da administração da área do Alto Corcovado, com 6,7 mil metros quadrados, hoje parte do Parque Nacional da Tijuca, para a Arquidiocese do Rio. (Foto: Custódio Coimbra)

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A disputa pela administração do Alto Corcovado, onde se localiza o Cristo Redentor, tem gerado intensos debates entre ambientalistas e representantes da Mitra Arquiepiscopal. O Cristo Redentor, símbolo do Brasil, recebe milhões de visitantes anualmente, mas a gestão da área enfrenta desafios. Desde o segundo semestre de 2023, dois projetos de lei tramitam no Congresso Nacional, propondo a exclusão de 6,7 mil metros quadrados do Parque Nacional da Tijuca (PNT) para que a Mitra assuma sua administração. Essa mudança retiraria o controle do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sobre a área.

Os projetos enfrentam resistência do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, que temem que a medida crie um precedente para outras áreas protegidas. Além disso, há preocupações sobre a qualidade da visitação, com a possibilidade de eventos promovidos pela Mitra interferirem na experiência dos turistas e impactarem a fauna e flora locais. A Mitra, por sua vez, defende que já realiza eventos que enriquecem a experiência dos visitantes e afirma respeitar a legislação ambiental.

A proposta de autonomia da Mitra é justificada pela necessidade de melhorias na infraestrutura do Alto Corcovado, que enfrenta problemas como escadas rolantes e elevadores frequentemente fora de operação. A direção do PNT reconhece as falhas, mas afirma que já possui projetos para resolver essas questões, com um orçamento de R$ 30 milhões a ser investido em melhorias. O PL 3.490/2024, que tramita no Senado, já recebeu apoio e críticas, refletindo a polarização do tema.

Com o retorno do ano legislativo, a discussão sobre os projetos de lei deve ser retomada. O Ministério do Meio Ambiente se posiciona contra as propostas, defendendo a integridade do PNT como um patrimônio mundial. Por outro lado, apoiadores da Mitra acreditam que a transferência da administração garantirá uma melhor manutenção do local, essencial para a preservação do monumento e a experiência dos visitantes.

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