Política

Congresso discute mudanças na gestão do Cristo Redentor e ameaça parque da Tijuca

Disputa no Congresso sobre a gestão do Cristo Redentor pode comprometer a preservação do Parque Nacional da Tijuca e seu patrimônio ambiental.

Parque Nacional da Tijuca com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (Foto: Eduardo Anizelli - 23.out.23/Folhapress)

Parque Nacional da Tijuca com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (Foto: Eduardo Anizelli - 23.out.23/Folhapress)

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Uma disputa no Congresso Nacional envolve a área do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, com a Igreja Católica e o governo federal em lados opostos. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) expressou preocupações sobre a preservação ambiental do Parque Nacional da Tijuca, onde está localizada a famosa estátua. Três projetos de lei em tramitação visam alterar a gestão da área, incluindo a exclusão do Cristo dos limites do parque e a transferência de sua administração para a Mitra Arquiepiscopal e a Prefeitura do Rio.

Os projetos foram apresentados por políticos de diferentes partidos, como PT, PL e PSD. O ICMBio considera essas propostas um retrocesso ambiental. O presidente do órgão, Mauro Pires, afirmou que a integridade do parque é crucial para a conservação ambiental, cultural e espiritual. O Santuário Cristo Redentor, que realiza missas no local, declarou não estar envolvido nos projetos, mas reconheceu a preocupação dos parlamentares com a governança da área.

Um dos projetos, o 3.490/2024, exclui a área do Cristo do parque e foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) defendeu a proposta, afirmando que a Mitra precisaria de liberdade para administrar o complexo. O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT-RJ), também apresentou um projeto que transfere a gestão do estacionamento e do platô do Cristo para a Mitra.

O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) propôs a municipalização da gestão do parque, com apoio da arquidiocese. Pires reiterou a importância de preservar o patrimônio ambiental e a biodiversidade da Mata Atlântica. A chefe do parque, Viviane Lasmar, destacou que a gestão atual ajuda a regular o trânsito de veículos e a proteger a fauna local.

A área do Cristo Redentor é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e faz parte do patrimônio mundial da Unesco. O Iphan alertou que qualquer intervenção na área deve ser autorizada. Mudanças na posse não alteram o tombamento, mas podem impactar a gestão e a conservação do local.

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