10 de fev 2025
Espanha pede aumento permanente do orçamento europeu em resposta a desafios globais
O governo espanhol propõe que o orçamento da UE chegue a 2% do PIB, dobrando o atual. A proposta visa financiar transições ecológica e digital, essenciais para competitividade. Madrid sugere um mecanismo comum de financiamento para investimentos estratégicos. Países Baixos e Áustria resistem à proposta, destacando tensões entre contribuintes e receptores. O debate orçamentário é crucial, especialmente com a guerra na Ucrânia e desafios de defesa.
"O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, na cúpula informal de líderes do dia 3 de fevereiro. (Foto: OLIVIER HOSLET/EFE)"
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A discussão sobre o próximo ciclo orçamentário da União Europeia (UE) já começou, com Espanha apresentando um documento em Bruxelas que solicita um aumento do orçamento para 2% do PIB. Essa proposta, que dobra o orçamento atual, visa garantir investimentos significativos nas transições ecológica e digital, essenciais para manter a competitividade da economia europeia frente a China e Estados Unidos.
O governo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, busca deixar sua marca no novo marco orçamentário, que deve vigorar de 2028 a 2034. O atual orçamento, que vai de 2021 a 2027, foi ampliado devido à pandemia, elevando o gasto para quase 2% do PIB. A proposta espanhola sugere um mecanismo de financiamento conjunto para sustentar investimentos estratégicos e aumentar os recursos próprios da UE.
Além disso, Madrid defende que o aumento do orçamento não deve comprometer outras áreas, como a política agrícola e os fundos de coesão. O governo espanhol também enfatiza que a segurança europeia deve incluir não apenas questões militares, mas também ciberataques e desafios trazidos pelo mudança climática.
A proposta espanhola pode enfrentar resistência de países como Países Baixos e Áustria, que se opõem à ideia de dívida comum. A posição da Alemanha nas eleições de fevereiro será crucial, pois o atual chanceler rejeitou a ideia de assumir uma dívida comum. A expectativa é que as discussões sobre o orçamento sejam longas e complexas, especialmente com o atual contexto geopolítico.
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