11 de fev 2025
Eduardo Bolsonaro busca apoio nos EUA para anistia a golpistas do 8 de janeiro
Eduardo Bolsonaro busca apoio republicano para anistia a golpistas do 8 de janeiro. Ele acusa a USAid de interferência nas eleições de 2022, favorecendo Lula. Reuniões em Washington D.C. visam obter dados sobre financiamentos da USAid no Brasil. Proposta de anistia pode beneficiar Jair Bolsonaro se ele for condenado. A USAid, com orçamento de US$ 40 bilhões, é alvo de críticas desde o governo Trump.
O deputado Eduardo Bolsonaro responde a processo por causa de uma declaração em que comparou “professores doutrinadores” a traficantes. (Foto: Brenno Carvalho/O Globo)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a Washington D.C. na última segunda-feira (10) para reuniões com parlamentares do Partido Republicano, visando obter informações sobre os financiamentos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAid) no Brasil. A viagem faz parte de uma estratégia para criar um ambiente favorável à proposta de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, que poderia incluir Jair Bolsonaro caso ele seja condenado.
Desde a eleição de Donald Trump, a USAid tem sido alvo de críticas por parte de bolsonaristas, que alegam que a agência interferiu nas eleições brasileiras de 2022, repassando recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater desinformação. Eduardo, que pode assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, se reunirá com deputados e senadores republicanos, buscando informações sobre os aportes da USAid em programas eleitorais no Brasil.
Os republicanos Chris Smith e María Elvira Salazar protocolaram um projeto de lei que visa restringir a cooperação financeira entre os EUA e instituições brasileiras, barrando o financiamento a entidades que combatem a desinformação. O projeto menciona a participação do TSE em estudos internacionais financiados pela USAid como exemplo de suposta interferência.
A expectativa de Eduardo é que sua visita a Washington forneça elementos que reforcem a narrativa de que a gestão Biden favoreceu Lula. Apesar de os EUA terem alertado Bolsonaro sobre possíveis consequências de uma ruptura democrática, a recepção de Eduardo pela comitiva republicana pode ser utilizada para fortalecer a base bolsonarista. A USAid, criada na década de 1960, destinou em 2023 US$ 40 bilhões a doações para 130 países, mas enfrentou congelamento de investimentos durante o governo Trump, que criticou a agência por viés ideológico.
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