Trump assume presidência do Kennedy Center e provoca renúncias de artistas renomados

O recém-formado conselho do Kennedy Center for the Performing Arts elegeu Donald Trump como seu presidente, com o voto unânime, segundo o próprio presidente. Em uma declaração em sua plataforma Truth Social, Trump expressou sua honra em assumir a posição e prometeu tornar o centro um local especial e emocionante. A eleição de Trump ocorre em meio a uma reestruturação significativa do conselho, que viu a saída de membros nomeados por presidentes democratas e a entrada de novos indicados por Trump.

A mudança de liderança no Kennedy Center, inaugurado em 1971 como um memorial ao presidente John F. Kennedy, coloca a instituição no centro das disputas culturais atuais. Trump criticou a programação anterior do centro, mencionando especificamente a realização de Drag Shows voltados para o público jovem, afirmando que isso "parará". Ele enfatizou que o Kennedy Center deve refletir os "melhores talentos" do país e que sua gestão não será "woke", um termo que ele utiliza para criticar o que considera excessos da cultura contemporânea.

A nova composição do conselho inclui figuras próximas a Trump, como Ric Grenell, que assumirá a liderança temporária, e outros assessores de alto escalão. A saída da ex-presidente Deborah Rutter foi acelerada pela reestruturação, e sua demissão foi confirmada em uma declaração que criticou indiretamente as mudanças propostas por Trump. Rutter destacou a importância da expressão artística como um reflexo da democracia americana.

Além de Rutter, outros membros proeminentes, como Shonda Rhimes, Renée Fleming e Ben Folds, também deixaram seus cargos no Kennedy Center. Rhimes, que ocupava a tesouraria, e Fleming, conselheira artística, expressaram seu descontentamento com as mudanças. Fleming, em particular, elogiou os líderes anteriores e expressou esperança de que o Kennedy Center continue a prosperar e a servir um público diversificado.