Política

Justiça proíbe novas demolições no Parque do Povo após destruição de teatro e escola

A Justiça de São Paulo suspendeu novas demolições no Parque do Povo. A decisão foi motivada pela destruição de um teatro e uma escola de capoeira. A prefeitura terá 40 dias para se manifestar sobre a ação judicial. Políticos do PSOL pediram indenização e realocação dos grupos afetados. A gestão municipal alegou que as estruturas estavam em estado de abandono.

Construções do Teatro Ventoforte, dentro do Parque do Povo, demolidas pela Prefeitura de São Paulo (Foto: Valdir Franco - 16.fev.25/Divulgação)

Construções do Teatro Ventoforte, dentro do Parque do Povo, demolidas pela Prefeitura de São Paulo (Foto: Valdir Franco - 16.fev.25/Divulgação)

Ouvir a notícia

Justiça proíbe novas demolições no Parque do Povo após destruição de teatro e escola - Justiça proíbe novas demolições no Parque do Povo após destruição de teatro e escola

0:000:00

A Justiça de São Paulo determinou a proibição de novas demolições no Parque do Povo, localizado na zona oeste da capital, após a prefeitura, sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB), ter demolido a sede de um teatro e uma escola de capoeira na semana passada. A decisão, proferida nesta terça-feira (18), permite demolições apenas em casos que garantam a segurança dos usuários, como risco de desabamento. O juiz Evandro Carlos de Oliveira ressaltou que o parque é tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).

A decisão judicial também exige que a prefeitura se manifeste sobre a ação em até 40 dias úteis, sob pena de os fatos serem considerados verdadeiros. A medida atende parcialmente a um pedido de políticos do PSOL, incluindo a deputada federal Luciene Cavalcante e o deputado estadual Carlos Giannazi, que solicitaram a realocação dos grupos de teatro e capoeira, além de indenização e reconstrução das estruturas demolidas, pedidos que foram negados pelo judiciário.

A gestão municipal negou ter realizado as demolições sem aviso prévio, afirmando que o local apresentava "sinais de abandono" e que os objetos foram retirados com a ajuda da equipe operacional da prefeitura. No entanto, no domingo (15), foram encontrados escombros e um piano destruído no local. Em resposta, a prefeitura informou que disponibilizou um centro cultural para a escola de capoeira no mesmo bairro, alegando que a estrutura anterior era irregular e se encontrava em condições precárias.

A administração municipal argumentou que a construção, erguida em 2012, 17 anos após o tombamento, estava abandonada e não apresentava indícios de uso cultural ou teatral. A situação gerou controvérsia e mobilização política, refletindo a tensão entre preservação cultural e ações administrativas na cidade.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela