20 de fev 2025
Brasil adere à Carta de Cooperação da Opep+ e gera polêmica sobre exploração de petróleo
Brasil adere à Carta de Cooperação da Opep, mas não é membro da Opep+. Governo planeja investir R$ 3 bilhões na Margem Equatorial para perfuração. Ambientalistas criticam falta de compromisso com a transição energética. Petrobras precisa de licença do Ibama para iniciar prospecção na região. Investimentos em energias renováveis são apenas 11 bilhões de dólares do total.
Petrobras. Em sintonia com Lula, Magda Chambriard promete criar “o melhor aparato de resposta a emergências do mundo” (Foto: iStockphoto e Pablo Porciuncula/AFP)
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O Brasil não integra a Opep+, mas aderiu à Carta de Cooperação da Organização dos Países Produtores de Petróleo, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em 18 de fevereiro de 2024. Embora o país não tenha obrigações de cortes na produção, participará de um fórum para discutir estratégias de comercialização do petróleo. Silveira destacou a importância do petróleo para o crescimento econômico, afirmando que “não devemos nos envergonhar de sermos produtores de petróleo”.
O Brasil é o oitavo maior produtor de petróleo do mundo e o primeiro da América Latina, com combustíveis fósseis representando cerca de 80% da matriz energética global. A aproximação com a Opep+ gerou desconfiança entre ambientalistas, especialmente com a iminente COP-30 em Belém, onde o presidente Lula manifestou interesse em acelerar o licenciamento ambiental para perfurações na Margem Equatorial, que possui um potencial estimado de 30 bilhões de barris.
A Petrobras planeja investir 3 bilhões de dólares na perfuração de 15 poços nos próximos cinco anos, mas precisa da licença do Ibama, que negou anteriormente a autorização para pesquisas na Bacia da Foz do Amazonas. A pressão por parte do governo e da Petrobras para liberar os estudos de prospecção tem gerado tensões, com Lula expressando impaciência em relação à demora do órgão ambiental.
Especialistas alertam que, sem novas explorações, o Brasil pode enfrentar uma redução na produção de petróleo a partir de 2032. A necessidade de reposição de reservas é enfatizada por figuras do setor, que argumentam que a exploração na Margem Equatorial é crucial para garantir a soberania energética do país. No entanto, ambientalistas reiteram a importância de seguir os protocolos de segurança e proteção ambiental antes de qualquer exploração.
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