21 de fev 2025
Cid revela que Aras agendava reuniões com Bolsonaro diretamente no Alvorada
Mauro Cid revelou que Augusto Aras marcava reuniões com Bolsonaro diretamente, sem intermediários. Cid afirmou que Bolsonaro vendeu relógios e joias, recebendo US$ 86 mil em espécie. A delação inclui um esquema de falsificação de cartões de vacinação, envolvendo Bolsonaro. Bolsonaro nega as acusações e planeja anular a delação de Cid, chamando a de "denúncia Disney". O ex presidente critica Lula, alegando que ele se reuniu com líderes do tráfico no Rio.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-procurador-geral da República Augusto Aras (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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O tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada, revelou que o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, costumava agendar reuniões diretamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao contrário de outras autoridades que o procuravam para marcar encontros. Cid afirmou que essas reuniões ocorriam mensalmente no Palácio da Alvorada e que ele não participava das discussões, apenas conduzia Aras até o presidente. Durante sua gestão, Aras arquivou investigações que poderiam incriminar Bolsonaro, incluindo casos relacionados à Covaxin e ao vazamento de dados do TSE.
Bolsonaro negou as acusações da PGR e expressou pena por Cid, afirmando que a delação do ex-ajudante de ordens é uma tentativa de tortura psicológica. Ele criticou a PGR, chamando a denúncia de "delírio" e alegou que sua defesa buscará anular a delação, citando precedentes na Lava Jato. O ex-presidente também se manifestou sobre sua situação, afirmando que prefere permanecer no Brasil e que não teme a prisão, apesar de seu passaporte estar retido.
Em sua delação, Cid mencionou que Bolsonaro solicitou a venda de presentes recebidos durante sua presidência para cobrir multas e outras despesas. Ele detalhou a venda de relógios de luxo e kits de joias, totalizando US$ 86 mil em pagamentos fracionados a Bolsonaro. Cid também revelou que o ex-presidente pediu a falsificação de cartões de vacinação, alegando que a ação foi motivada pelo medo de perseguições após deixar o cargo.
Os vídeos da delação de Cid foram divulgados pelo ministro Alexandre de Moraes, revelando detalhes sobre a relação entre Bolsonaro e Aras, além de implicações sobre um suposto esquema de monitoramento de autoridades. A defesa de Bolsonaro criticou a delação, considerando-a "precária" e "incoerente", e afirmou que o ex-presidente nunca compactuou com ações que visassem desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
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