Política

Soldados russos feridos são enviados de volta ao combate em meio à crise de efetivo

Soldados russos feridos são enviados de volta ao combate sem tratamento adequado. Estratégia visa evitar mobilização geral e insatisfação popular na Rússia. Dados vazados indicam que 166.000 soldados russos foram feridos na guerra. Apenas amputações completas impedem retorno ao front, segundo ex oficial. Tática pode reduzir indenizações às famílias de soldados feridos ou mortos.

Vídeo obtido pela CNN mostra soldados feridos no front de batalha (Foto: Reprodução/YouTube)

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Soldados russos feridos estão sendo enviados de volta ao combate, mesmo sem condições adequadas, em uma tentativa de suprir a escassez de efetivo na guerra contra a Ucrânia, conforme reportado pela CNN. Vídeos e testemunhos revelam que esses militares, alguns usando muletas e curativos, são frequentemente alvos de drones ucranianos, evidenciando a crise de efetivo enfrentada por Moscou. Um oficial ocidental sugere que essa prática visa evitar uma mobilização geral e minimizar a insatisfação da população urbana russa.

Um banco de dados vazado indica que 166.000 soldados russos foram feridos na guerra, com apenas 3.205 sendo oficialmente considerados "gravemente feridos". O ex-oficial russo Alexey Zhilyaev, que desertou para a França, afirma que o Ministério da Defesa subnotifica a gravidade dos ferimentos para acelerar o retorno dos soldados ao front. Ele destaca que apenas amputações completas impedem que um soldado seja enviado de volta à linha de frente.

Relatos de soldados corroboram as denúncias, com um deles protestando após ser retirado de um hospital militar logo após uma cirurgia. Outro militar mencionou que, após um mês de internação, não teve os estilhaços de sua perna removidos e foi mandado de volta ao combate. Além disso, a Rússia teria criado uma unidade especial para reunir feridos antes de reimplantá-los, com aqueles que se recuperam enviados a um "Regimento de Recuperação" por um mês.

Essa estratégia também pode reduzir indenizações às famílias dos soldados. Uma fonte militar afirmou que, ao enviar feridos de volta ao front, o Kremlin evita pagamentos de compensação, já que se o corpo não for encontrado, a família não recebe nada. A prática se intensificou durante grandes ofensivas, como a batalha por Bakhmut, e o Kremlin não se pronunciou sobre as denúncias. A situação reflete o crescente desgaste das tropas russas na guerra, que já ultrapassa dois anos.

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