24 de fev 2025
Desconfiança do mercado sobre Lula é impulsionada por questões econômicas, diz Meirelles
Henrique Meirelles, ex presidente do Banco Central, critica a economia atual. Ele aponta a expansão fiscal e a inflação como preocupações centrais. Meirelles elogia Fernando Haddad, mas critica resistência ao ajuste fiscal. O ex ministro destaca que o mercado não é homogêneo e age por expectativas. Ele defende a atuação do Banco Central no combate à inflação, apesar das críticas.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Desconfiança do mercado sobre Lula é impulsionada por questões econômicas, diz Meirelles
Ouvir a notícia
Desconfiança do mercado sobre Lula é impulsionada por questões econômicas, diz Meirelles - Desconfiança do mercado sobre Lula é impulsionada por questões econômicas, diz Meirelles
Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central durante os primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, comentou que a desconfiança do mercado financeiro em relação ao atual presidente não é de natureza política, mas sim reflexo de expectativas negativas sobre a economia brasileira. Em entrevista ao Metrópoles, ele destacou que a principal preocupação dos agentes econômicos é a expansão fiscal promovida pelo governo, que gera incertezas sobre o compromisso com o ajuste fiscal.
Meirelles apontou que a escalada da inflação e as dúvidas sobre as políticas fiscais intensificam o pessimismo no mercado. Ele enfatizou que o mercado é composto por uma diversidade de agentes, afirmando que “o padeiro do interior da Bahia é mercado”, ressaltando que as decisões são baseadas em expectativas econômicas, não em julgamentos políticos.
Embora tenha elogiado os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Meirelles criticou a “resistência” que ele enfrenta dentro do governo. Para o ex-ministro, a estratégia de compensar o aumento de gastos com a elevação de impostos não é viável, dado que o Brasil já possui uma das cargas tributárias mais altas do mundo. Ele defendeu que o caminho deve ser a limitação de despesas.
Além disso, Meirelles apoiou a atuação de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central, afirmando que a instituição tem agido corretamente no combate à inflação, apesar das críticas do PT em relação à taxa Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. Ele concluiu que o presidente do Banco Central deve estar sempre preparado para atuar sob pressão.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.