Política

Ministros atacam Haddad em reunião sobre crise de popularidade do governo Lula

O governo Lula enfrenta queda de popularidade, especialmente entre eleitores tradicionais. Ministros Rui Costa e Alexandre Silveira criticaram Haddad por medidas impopulares. A iminente reforma ministerial pode resultar na substituição de Haddad. Pesquisa revela que a população não associa o governo a novas medidas eficazes. A crise atual reflete a falta de apoio interno e a insatisfação com a Fazenda.

O ministro Fernando Haddad e o presidente Lula (Foto: Sergio Lima/AFP)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta críticas severas de colegas em meio a uma crise de popularidade do governo Lula. Durante uma reunião na Granja do Torto, convocada pelo presidente, Rui Costa e Alexandre Silveira atacaram Haddad, que estava em missão na Arábia Saudita. Eles apontaram que as medidas do Ministério da Fazenda, como a taxação de importações chinesas e rumores sobre a taxação do Pix, contribuíram para o desgaste do governo. A suspensão do crédito da safra, devido à falta de votação do orçamento, também foi atribuída a Haddad.

A reunião, marcada após a divulgação de um índice alarmante de desaprovação de Lula, contou com a presença de outros ministros e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O ministro de Comunicação, Sidônio Palmeira, apresentou pesquisas que indicam a alta dos preços dos alimentos e a crise do Pix como causas da queda na popularidade. Apesar do diagnóstico otimista de Sidônio, que acredita em uma recuperação da popularidade, os ataques a Haddad se intensificaram, com Silveira sugerindo sua substituição pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes.

Lula não demonstrou intenção de substituir Haddad, mas sua falta de defesa ao ministro é um sinal preocupante. A relação de Haddad com o mercado financeiro se deteriorou após o pacote fiscal de novembro, e a resistência de outros ministros em relação a ele se intensificou. Em entrevista, Rui Costa afirmou que a queda na aprovação do governo é responsabilidade do Ministério da Fazenda, citando a desconfiança gerada por fake news sobre o Pix e a taxação de compras.

A situação se agrava com a iminente demissão da atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a possível indicação de Arthur Chioro por Rui Costa. A assessoria do Palácio do Planalto responsabilizou o Ministério da Fazenda pela suspensão de financiamentos do Plano Safra, uma manobra que remete a episódios que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff. Em resposta, Haddad anunciou uma consulta ao Tribunal de Contas da União e a edição de uma medida provisória para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário, mas dentro dos limites do arcabouço fiscal.

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