26 de fev 2025
Celular nas escolas: especialistas debatem a dependência digital e suas consequências
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou lei que restringe celulares nas escolas. Apenas estudantes com deficiência poderão usar celulares para monitoramento de saúde. Educadores alertam sobre a dependência digital e a necessidade de educação digital. O Ministério da Educação lançou cartilhas para apoiar pais e professores na adaptação. Especialistas pedem debate sobre uso consciente da tecnologia e responsabilidade social.
Professora Antônia Burke: ampliar debate sobre telas entre jovens e famílias com mais debates. (Foto: Divulgação)
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A nova lei regulamentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva restringe o uso de telefones celulares nas escolas, permitindo acesso apenas a estudantes com deficiência e para monitoramento de saúde. Essa medida gerou intensos debates entre professores, famílias e sociólogos, que discutem suas implicações na educação e no cotidiano dos alunos. A professora Antônia Burke, da VOZ Futura, destaca que a comparação com o passado ignora a centralidade do mundo digital na vida atual, enfatizando que a questão não é apenas viver sem celulares, mas entender como lidar com essa tecnologia.
Burke também menciona que a presença de celulares em sala de aula pode prejudicar o rendimento escolar e as relações interpessoais, além de afetar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Ela critica a visão simplista que atribui a dependência digital, ou nomofobia, a uma falta de autocontrole dos jovens, ressaltando que muitos adultos também não conseguem se desvincular de seus dispositivos. A professora argumenta que é fundamental dar o exemplo e promover uma educação digital que ensine o uso consciente da tecnologia.
O Ministério da Educação lançou duas cartilhas com diretrizes para apoiar a implementação da nova legislação, visando auxiliar tanto pais quanto professores na adaptação às novas regras. Os guias estão disponíveis gratuitamente na plataforma mecred.mec.gov.br. A escola deve ensinar os alunos a navegar na internet de forma crítica, mas não pode impedir os efeitos viciantes das redes sociais, que são comparados a uma droga pelo pedagogo Paulo Fochi, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Fochi alerta que, para mitigar os problemas causados pelo uso excessivo de redes sociais, é necessário que o poder público atue sobre as big techs, responsáveis pela distribuição e lucro com essas plataformas. A discussão sobre a nova lei deve ir além da proibição, incluindo a necessidade de um trabalho educativo que promova a reflexão e a conscientização sobre o uso da tecnologia, tanto para estudantes quanto para suas famílias.
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